sábado, 23, novembro, 2024

Lucas Grecco: “A Câmara Municipal é a caixa de ressonância da população”

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José Augusto Chrispim

 

O vereador Lucas Mateus Grecco (PSB) foi o entrevistado da semana do jornal O Imparcial. Antes de assumir uma cadeira no Legislativo araraquarense nas últimas eleições, o edil já havia recebido 1.626 votos nas eleições de 2008, ficando como suplente e assumindo a cadeira em 2011, no lugar do vereador Jair Martinelli. Em 2004, conseguiu 901 votos.

Grecco falou à reportagem que vê seu mandato como bastante produtivo, na medida do possível. “Lembrando que a política é bem dinâmica, na medida do possível do que eu almejei para esse mandato, acredito que está sendo bem produtivo, pois muitas demandas foram encaminhadas para o Executivo, também consegui elaborar vários projetos que foram sancionados, apesar de ser o penúltimo ano de mandato. Acho que o ano que vem será mais comprometedor por causa das eleições”, avaliou o vereador.

 

Confiança da população

Perguntado sobre suas conquistas, Grecco relatou que vê como uma grande conquista poder ter a confiança da população que o elegeu. “A maior conquista para mim, é poder estar vereador, pois a população acreditou em mim e estou lá representando a população em um contexto geral, pois eu não trabalho em cima dos votos que obtive, mas em prol da coletividade, pois a população tem que ser alcançada como um todo. Temos tentado atender a todos que nos tem procurado, temos atuado muito na zeladoria do município, na área do trânsito, e na área da saúde temos atendido muitas demandas como nos casos complexos que precisam de uma agilidade maior para atender o munícipe, mas sem quebrar os protocolos quando depende do SUS. Dependendo da complexidade do caso, a gente corre atrás para tentar agilizar o atendimento e, com isso, diminuir o sofrimento dessa pessoa e para que um óbito não venha a acontecer, mas sem passar ninguém na frente de ninguém e sem quebrar o protocolo de atendimento”, destacou Grecco.

 

Projetos importantes

“Durante o nosso mandato, pensamos que tudo que fazemos é satisfatório para a população, pois são muitos projetos sendo decididos por mim para entrarem na ordem do dia, pela minha função como 1º secretário da mesa diretora, para serem votados, mas a população não acompanha o trabalho do vereador, ficando mais centrada na zeladoria, no trânsito, entre outras coisas, mas, na realidade é função do vereador legislar, viabilizar projetos, aprovar projetos. Vejo como um grande projeto que o Edinho encaminhou para a Câmara o Bolsa Cidadania, no qual eu votei a favor e defendi com muita veemência, da mesma forma que defendi o projeto dos Terrenos Urbanizados, pois eles vão auxiliar pessoas em situação de vulnerabilidade. Como o governo federal praticamente acabou com o Minha Casa Minha Vida, a prefeitura encontrou uma forma para suprir essa demanda na cidade, mesmo encontrando oposição, mas a democracia impera e cada vereador votou de acordo com a sua consciência. Tem muita gente que não quer que pessoas simples construam ao lado de suas casas de luxo. Considero isso uma atitude muito discriminatória, preconceituosa, pois, na verdade, os terrenos estão em vários locais da cidade e nós estamos hoje com espaços urbanos grandes sem construção nenhuma. Aos poucos essas pessoas vão conseguir construir suas casas com esse incentivo da prefeitura que vai fornecer o projeto, a planta, e vai fazer um acompanhamento da obra que terá dois anos para ser finalizada”, falou.

 

Alimentação nas férias escolares

O vereador pretende montar um projeto de lei para encaminhar ao Executivo que prevê fornecimento de alimentação para crianças durante as férias escolares. “Hoje nós vemos que muitas pessoas que moram na periferia da cidade estão passando fome e as crianças só se alimentam durante a semana, na escola. Muitas vezes, durante os finais de semana, as famílias não têm como alimentar seus filhos. Já no Bolsa Cidadania existe uma trava que impede que a pessoa compre bebidas alcóolicas ou cigarros, por exemplo. Porém, ao contrário da cesta básica, nesse projeto a pessoa pode escolher o que quer comer. Eu vejo isso como uma forma de podermos atender as pessoas que precisam, pois o Brasil está em uma situação econômica muito difícil. Eu parabenizo o Edinho por ter essa ousadia e essa sensibilidade de mandar esse projeto para a Câmara, que vai atender essas pessoas em total vulnerabilidade social. Nós temos que dar esse start para que essas pessoas possam melhorar as suas vidas”, disse.

 

“Não sou de passar o chapéu”

“Eu defendo o meu mandato com muita garra. Posso considerar um ponto fraco não ter o costume de passar o chapéu para ser atendido. A Câmara Municipal é a caixa de ressonância da população, ela está aberta todos os dias à população, então o ponto forte meu é que todo mundo que conversa comigo sobre alguma necessidade da população eu vou para cima e faço indicação ao Executivo. Não uso o carro da Câmara, não uso a assessoria da Câmara, eu mesmo vou e faço minhas fotos com o meu celular e já mando para o gabinete, já protocolo e fico na cobrança. Mas não sou muito de ficar pegando no pé das pessoas, pois acredito que todos devem ter sua responsabilidade”, destacou.

 

Trabalho pela coletividade

“Tenho certeza que venho trabalhando muito bem durante o meu mandato, principalmente porque não trabalhei somente em cima de meus votos, mas trabalho sempre pela coletividade da população, não me especializei em uma área específica da população, pois considero o vereador como um clínico geral que tem que estar apto para todas as funções. Eu acredito que a população deve acompanhar meu mandato através da minha página no Facebook, onde sempre posto minhas ações e também através do site da Câmara Municipal. Tenho pautado meu mandato pela ética, além de tentar nunca ofender meus pares na Casa, pois acho muito importante respeitar as diferenças de ideias e ter respeito por todos”, falou.

 

Sem tubarão nos partidos

Questionado sobre o fim das coligações proporcionais nas próximas eleições, o vereador acha que nomes conhecidos terão mais chances de se elegerem, mas entende que será uma eleição atípica. “Não sei como será o quociente eleitoral, pois muitas pessoas ainda não fizeram a biometria, além dos votos voluntários de pessoas com mais de 70 e menos de 18 anos. Acho que será uma eleição bastante complexa, onde os partidos pequenos não vão querer pegar tubarões para puxar votos para outro candidato que já está com mandato. Acho que a eleição é muito curta, por isso, a pessoa que vai colocar seu nome pela primeira vez terá muita dificuldade para se eleger”, entende o vereador.

 

Mandato para todos

“Quero deixar bem esclarecido que nosso mandato está aberto a toda a população, pois não sou vereador de bairro, sou vereador da cidade em um contexto geral. Meu gabinete está de portas abertas das 8h às 18h para o que a população achar necessário. Quero desejar um feliz Natal a todos e um feliz ano novo e que deus abençoe a todos e dê muita paz e alegria, e que sejamos felizes em 2020”, finalizou.

 

Redação

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