A jovem Denise Aparecida de Queiroz procurou a reportagem do O Imparcial para fazer um apelo: “Quero poder ver meu filho”. Assim como em outras tantas histórias tristes de famílias que se separaram por algum motivo, Denise foi separada de seu filho Miguel aos 3 meses de vida.
Ela relatou à reportagem que foi morar na rua quando estava grávida de 1 mês e chegou a dormir dentro de um carro velho até os 5 meses de gravidez. “Fui procurar ajuda, mas minha mãe já morava com meu padrasto e ele não me aceitou, então fiquei dentro de um carro por 5 meses de gravidez. Foi então que minha mãe procurou ajuda e me ofereceram a Casa Transitória, mas já haviam falado para ela que eu não ia ficar com a criança. Eu me desesperei, mas não tinha para onde eu ir, foi por isso que continuei ali até a criança nascer. Quando dei a luz, no outro dia tiraram ele de mim”, conta Denise.
Ela contou que o filho foi adotado por outra família por determinação judicial e que o juiz teria alegado como motivo que ela já havia perdido um outro filho nas mesmas condições e que não teria como criar o pequeno Miguel, que havia nascido no dia 15 de novembro de 2017. Desde então, ela não teve mais contato com a criança, pois não sabe o paradeiro da família que a adotou.
Apelo
Denise diz que hoje teria condições de criar seu filho, mas ficaria feliz se pudesse pelo menos ter contato com ele. “Hoje eu tenho bons motivos para ter meu filho de volta, pois eu tenho uma casa com um quartinho só pra ele, moro com a minha mãe que quer muito que ele volte, nós queremos muito que ele volte a morar conosco. E hoje temos condições para isso. O meu filho está com uma família e eu nem sei onde ele está. Se eu não puder ter ele de volta, mas que eu possa pelo menos rever meu filho”, apela a mãe biológica.
Foto: Arquivo pessoal