sábado, 23, novembro, 2024

Uísque secreto

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Quando Michel Temer escreveu a carta em que dizia ser um “vice decorativo”, o ex-presidente Lula foi bater em sua casa no Alto de Pinheiros, bairro nobre de São Paulo. A visita secreta tinha um objetivo: convencer o anfitrião a desistir do rompimento com a então presidente Dilma Rousseff.

“Tomamos um uísque juntos. Eu achei que tinha convencido o Temer. Convenci nada”, lamenta o petista.

Impeachment

O ministro Carlos Marun, da Secretaria de Governo, disse que apresentará na próxima sessão conjunta do Congresso Nacional o pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso. “Entendo que esse surto absolutista na mente do ministro Barroso tem de ser detido”, disse Marun ao deixar a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), onde participou do programa Por Dentro do Governo, da TV NBR.

De acordo com Marun, “há elementos suficientes” para justificar o pedido. “Ainda não está redigido porque não se redige uma peça de impeachment em uma tarde. Mas minha expectativa é de que na próxima sessão do Congresso eu me licencie [do cargo de ministro da Secretaria de Governo] e vá, na condição de deputado, entregar ao Eunício Oliveira [presidente do Senado e do Congresso] o meu pedido”.

ONU no assassinato

O Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas divulgou na tarde dessa quinta-feira (15) um comunicado em que cobra rapidez, transparência e credibilidade nas investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco, morta a tiros na noite dessa quarta-feira no bairro do Estácio, Rio de Janeiro.

Liz Throssel, porta-voz da organização, classificou o crime como “profundamente chocante” e lembrou que a representante municipal do Legislativo era defensora dos direitos humanos, das mulheres e dos negros e que atuava também contra a violência policial.

Ciro discorda

O pré-candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) criticou a intervenção federal do Rio de Janeiro, mas disse que a ação vem de um clamor popular e que um possível fracasso não deve ser atribuído aos militares, uma vez que eles não são treinados para combater o narcotráfico.

Segundo ele, a intervenção federal foi uma medida eleitoreira do atual governo, numa tentativa de abafar o fracasso da reforma da Previdência no Congresso. Ciro Gomes lamentou o assassinato da vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL) e classificou como uma tentativa de calar um símbolo de luta. “Essa intervenção corresponde a um interesse popular muito amplo e essa é a razão da malícia dessa iniciativa”, declarou a jornalistas durante um evento com empresários na Associação Comercial do Rio de Janeiro.

Redação

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