sexta-feira, 20, setembro, 2024

Um beija flor me ensinou

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O Poder constituído é o maior culpado pelas barbaridades acontecidas, principalmente em uma democracia difusa, capenga, ilusória, ladra, mentirosa. A comoção se faz presente em nossos corações, enquanto vivemos em uma guerra civil nesse país abandonado , carregado de falta de vergonha, e carregado de fogueira de vaidades. O País da desigualdade, onde mais de 12 milhões de cidadãos vivem abaixo da linha da miséria.Eles não desejam manifestações, eles querem tirar do povo o direito de reivindicar seus direitos. Esse é o emaranhado da trama. Vivemos em um país do faz de conta, de analfabetos, de famintos, de uma democracia de mentira. É ,vivemos no país do futebol, vergonha .Vivemos sob a égide de uma guerra civil. Não sou o Roger guitarrista de uma banda , que pediu desculpas ao povo por haver lutado contra a ditadura militar. Mas eu fui vítima, como centenas e centenas, dessa ditadura passada. Meu filho não conheceu o pai , professor de linguística , ele se foi três meses antes de seu nascimento. Teve uma família maravilhosa na pessoa de meu pai que o amou muito. Sofri sem nada dever as agruras de uma prisão. Eu só era contraria o regime de exceção , e como todos os jovens da época sonhávamos com um regime singular. Eu pouco falava, mas muito escrevia.

O final da Ditadura Militar foi terrível, foi ai que eu me encontrava, nos anos oitenta e pouco .Estava no início de minha carreira. Mas hoje apesar de tudo por que passei, também peço desculpas por haver acreditado numa democracia que julguei verdadeira. Porque tanto sofrer, se hoje somos ludibriados, e nossos “representantes” “viraram” moeda de troca. O que falou na TV um jornalista inglês a respeito do Brasil, é de dar vergonha, entre outras coisas menores, disse que até o passado do Brasil é imprevisível. Hoje com o regime de exceção arrombando nossa porta, tenho pensado :“que regime “ é esse em que vivemos?. Para todas as pessoas que morrem no dia a dia, pelas mãos de infames, patrocinados por poderosos, que abocanharam o direito da povo de uma Educação que ele tem direito, Da saúde , do povo que morre a mingua em corredores onde não existe o respeito

Não , não desejo conviver com tanto desamor. Prefiro andar de bicicleta, comer pão feito em casa, e amar meu próximo….Cansei….Chorei… Não me envergonho. Não “passei pela vida em brancas nuvens”…. Sou cidadã consciente, que aprendi com o beija flor que uma pequena gota pode fazer a diferença. Não podemos desistir nunca.

Na crônica passada falei a respeito dos “cumplices” de Arthur. Talvez tenha sido contundente, mas tenho a certeza que não disse uma palavra que não fosse verdadeira. O dia em que eu perder a capacidade de me indignar diante de abusos cometidos contra o povo , pobre povo brasileiro…Nesse dia terei a certeza de que perdi minha essência, despojei-me de meu caráter e banalizei minha história.

Tenho Dito.

Darcy Dantas

Redação

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