quinta-feira, 19, setembro, 2024

Ações reduzem em quase 100% número de casos de dengue na cidade

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De 1.828 casos em 2016, foram registrados 97 no ano passado

O mosquito Aedes aegypti é o causador da dengue, zika e chikungunyaAções mais intensivas das equipes da Gerência de Controle de Vetores, da Vigilância em Saúde (ligada à Secretaria Municipal da Saúde), e uma receptividade maior da população para com os agentes de combate provocaram uma queda significativa no número de casos de dengue em Araraquara em 2017, em relação ao ano anterior.

Por conta dessas ações, que continuam com a mesma intensidade este ano, enquanto em 2016 foram registrados 1.828 casos de dengue no município, apenas 97 foram contabilizados no ano passado (cerca de 95% menos), segundo o gerente de Controle de Vetores, Luis Eduardo Tagliacozzo. Outros 44 casos ainda estão aguardando confirmação na cidade.

Luis Eduardo explica que em 2017 foram concluídos na cidade os seis ciclos normais de combate aos criadouros do Aedes aegypti, mosquito causador da dengue, zika e chikungunya.

Esse trabalho de rotina resultou em 383.261 visitas a imóveis, e no recolhimento de cerca de 670 toneladas de materiais descartáveis, que acumulam água e podem ser transformados em potenciais criadouros.

Vale destacar que a coleta de materiais em 2017 incluiu a retirada de pneus velhos em borracharias e o número de visitas dos agentes de Controle de Vetores somou mais que o triplo do número de imóveis cadastrados de Araraquara, que é de 111.178.

Ainda de acordo com Luis Eduardo, apesar de todos esses números positivos do ano passado, e do trabalho mais intenso das equipes de controle, a população precisa continuar atenta contra a formação dos criadouros do Aedes.

“Principalmente neste período de calor e muitas chuvas que favorece o surgimento do mosquito”, acrescenta.

Alerta constante

“Além de se manter atentas a qualquer produto descartável que acumula água da chuva, desde uma simples tampinha de garrafa até uma calha entupida ou uma caixa d’água sem manutenção, as pessoas precisam continuar colaborando com o trabalho dos agentes”, reforça Eduardo. Principalmente com as visitas no trabalho de verificação e de orientações para manter o imóvel limpo.

Outro cuidado que precisa ser tomado, segundo o gerente, é em relação às viagens que as pessoas fazem neste período de férias ou do Carnaval. “É preciso ficar atento com cidades litorâneas, que podem estar enfrentando problemas de dengue, para não ser picadas pelo mosquito e trazer a doença para Araraquara”, alerta Luis Eduardo.

“Praias normalmente são áreas endêmicas. Se a pessoa que viajou apresentar algum sintoma quando do retorno, como febre alta, dores no fundo dos olhos e nas juntas ou articulações, é preciso procurar um posto de saúde. E se detectada a doença, iniciar o tratamento médico”, orienta.

Frentes de ação

A exemplo de 2017, Luis Eduardo acrescenta que a Gerência de Controle de Vetores continua, este ano, priorizando os casos suspeitos de dengue que surgem nos bairros de Araraquara.

A equipe de nebulização providencia a aplicação de inseticida no bairro em que é confirmado o caso, ao mesmo tempo em que o grupo de Educação em Saúde (IEC) realiza feiras educativas, ministra palestras e intensifica as ações em clubes e super ou hiper mercados da cidade.

Em relação à zika, em 2016 foram registrados 146 casos em Araraquara e nenhum caso em 2017. Sobre a chikungunya, foram registrados dois casos autóctones e três importados em 2016 e somente um caso importado em 2017.

Redação

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