O artigo de pesquisadores do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) está entre os 100 principais artigos científicos de ciências de materiais em 2018 da revista Scientific Reports, do grupo Nature. A notícia foi informada por meio de carta do Dr Richard White, editor-chefe da Scientific Reports, ao diretor do CDMF, Elson Longo. O editor informa que o artigo recebeu 1.042 visualizações, colocando-o no Top 100 Scientific Reports materials science papers in 2018.
O editor destaca que a Scientific Reports publicou mais de 707 artigos sobre ciência de materiais em 2018. “Assim uma posição nos 100 artigos mais lidos é uma conquista extraordinária – sua ciência é de grande valor para a comunidade de pesquisa”, enfatiza White. Todos os artigos altamente acessados dentro desta categoria podem ser visualizados visitando o Top 100 na página de ciência de materiais (Top 100 in materials science).
O artigo é assinado pelos pesquisadores do CDMF Elson Longo, Juan Andrés, Edson Leite, Carlos E. Vergani, Camila C. Foggi, Marcelo Assis, Eloisa Cordoncillo, Rafael Torres-Mendieta, Héctor Beltrán-Mir, Gladys Mínguez-Veja e Regiane Oliveira.
No resumo do trabalho, os pesquisadores lembram que nos últimos anos, nanocompósitos complexos formados por nanopartículas de Ag acoplados a uma rede de semicondutores α-Ag2WO4 surgiram como promissores bactericidas, onde o semicondutor atrai agentes bacterianos e neutralizam nanopartículas de Ag. No entanto, a taxa de produção de tais materiais tem sido limitada ao processamento de microscopia eletrônica de transmissão, dificultando a passagem da pesquisa básica para aplicações reais. “A interação entre radiação laser pulsada e α-Ag2WO4 revelou uma nova alternativa de processamento para aumentar a produção do nanocompósito, resultando em uma melhoria de 32 vezes do desempenho bactericida e, ao mesmo tempo, obtendo uma nova classe de nanopartículas esféricas de AgxWyOz”, disse Elson Longo.
O CDMF é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) apoiados pela FAPESP. O Centro também recebe investimento do CNPq, a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN).