Por Darcy Dantas
Não choremos pelos que se foram. Oremos por eles. Eles devem chorar por nós.
Deve-se chorar por quem sofre injustiças. Para quem usa hombridades “postiças”. Deve-se chorar por ter que rir quando se quer chorar.
Choremos por ter que partir quando queremos amar.
Chore pelas flores que morreram, pelas crianças que não nasceram. Chore pelo choro do homem com fome.
Chore pelas bandeiras rasgadas, pelos animais em extinção.
Chore pelas pessoas que não tem quem chore por elas.
Chore pelos castelos de ego e suas sentinelas.
Pintemos os arco íris que perderam a cor.
Se entristeça pela chuva que não cai no sertão.
Chore por aqueles que não tem quem lhes estenda a mão.
Chore sim, mas não o choro que rola pela face, sim o choro que nossa emoção “derrama” de nosso coração. Um tempo temos que dar para essa terra sofrida , invadida desde 1500, para ocupar seu lugar.
Breve não haveremos de chorar , apenas agradecer, pois este País que tanto amamos, lindo, colorido, que os poderosos, tentam destruir, será mais que um País, será a Nação que por ora lutamos.
Imaginemos como diz John Lennon em seu “tratado” musical de nome “Imagine”, que “Imaginemos o dia que nada teremos para lutar ou morrer.”
Pensemos que tudo quanto nos preocupamos, coisas fúteis, banalidades, são tão patéticas, diante de tudo quanto temos “por ora” que chorar.
Por ora choremos pela estátuas das praças, que tristemente “cantam”, tangos de Gardel, Musicas de Natal, o hino Nacional, num repente se calam. A boa música jamais perderá seu lugar para arremedos que nos arrepiam , por ora , aguentemos, respeitemos.
De mão dadas, na integridade e nos respeitávamos suportando enxurradas de todos os males que nos atormentam.
O dia iluminado, o arco íris pintado, o povo reconhecido e amado, haverá de ver nossa Pátria resplandecer, com dignidade e respeito, de forma igualitária , onde a justiça seja o caminho para um povo feliz.