sábado, 6, julho, 2024

Biosensor de diagnóstico rápido e preciso de zika é desenvolvido com baixo custo

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Uma tecnologia de baixo custo para diagnóstico rápido e preciso para o vírus da zika foi desenvolvida por pesquisadores ligados ao Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) apoiados pela FAPESP.

Utilizou-se a tecnologia de placa de circuito imprenso para criar uma placa biosensora baseada em óxido de zinco e grafeno, que mostrou alta sensibilidade e seletividade para proteína NS1 do vírus da zika, com capacidade de detecção na faixa de 0,001-5,00 ng.mL-1.

Com a amostra de uma gota de urina do paciente, o teste é feito e a presença da proteína fica visível em gráficos na tela de um computador ou em um equipamento portátil, como a tela de um telefone celular.

Os pesquisadores elaboraram um compósito de óxido de zinco e grafeno, como uma via de imobilização de anticorpo no eletrodo. Os parâmetros e características do biosensor foram controlados para melhorar a qualidade e obter resultados confiáveis. A aplicação bem sucedida deste imunossensor para detectar o resultado da proteína NS1 na urina foi evidenciada em 15 minutos.

A quantidade do anticorpo e seu período de incubação foram fundamentais para evitar o excesso do material que seria detectado, sendo uma etapa importante para a imobilização da proteína NS1 e reduziu o custo do sensor para um valor de R$ 450,00.

O importante é que o sensor se diferencia do vírus da dengue. A pesquisadora Talita Mazon, que conduziu toda a pesquisa e participa do CDMF, explica que “na maior parte dos testes hoje que existem, que seriam feitos com a proteína NS1 do zika, devido à similaridade com a proteína da dengue, podem dar falsos positivos e falsos negativos, o que dificultaria exatamente a prescrição médica do paciente. Conseguimos identificar apenas zika”, afirma a pesquisadora.

O CDMF também recebe investimento do CNPq, a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN). O trabalho foi publicado na revista Scientific Reports da Nature.

Redação

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