Como adiantado, ontem (6), pela reportagem do O Imparcial, um grupo de caminhoneiros faz na manhã desta terça-feira (7), feriado da Independência do Brasil, uma concentração no entorno do Posto Pau Seco, que fica no quilômetro 277 da Rodovia Washington Luís (SP-310), em Araraquara. A princípio o local da paralisação seria o Posto Morada do Sol, mas eles não foram autorizados a ocupar o pátio do posto.
Um grupo havia informado, através de grupos de Whatsapp, que a intenção seria ‘trancar’ a rodovia e não deixar nenhum caminhão seguir viagem, mas os manifestantes não estão obrigando os caminhoneiros a pararem. Apenas quem quiser, deve aderir à paralisação que deve seguir pelo dia à fora e não tem data para terminar. Organizadores do ato estão providenciando marmitas para os caminhoneiros que aderirem ao movimento e uma cerimônia religiosa está marcada para ocorrer no local.
Outras cidades da região também montaram barreiras para pararem os caminhoneiros que quiserem aderir, como a vizinha Matão.
Baixa adesão
Caminhoneiros autônomos não deverão se mobilizar em massa em relação às manifestações de 7 de setembro. A participação deverá ser individual e não representará a pauta da categoria, declararam líderes de associações e entidades de transportadores.
A CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos) afirmou em nota que a eventual participação de um caminhoneiro associado à entidade no dia 7 de setembro representará “a vontade individual desse cidadão brasileiro”, mas que os atos agendados para o dia da independência do Brasil não refletem nenhuma reivindicação específica relacionada à atividade do caminhoneiro autônomo.
Hoje, a CNTA é uma das entidades que representam caminhoneiros autônomos mais próxima ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. A entidade representa 10 federações e 140 sindicatos.
Outro líder da categoria que também disse que os caminhoneiros não vão aderir ao movimento foi o presidente da Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores), Wallace Landim, conhecido como Chorão.
Chorão relatou que conversou com outras associações de caminhoneiros que participaram da greve de 2018 e afirmou que eles também não irão aderir a paralisações durante o feriado.
“Se o povo quer cobrar, tem que cobrar no lugar certo, com a força certa. (…) Agora vem uma narrativa de paralisar o país para apoiar um presidente para destruir o STF, eu não vejo desse jeito uma democracia”, disse Chorão.
Outro líder da categoria que também disse que não vai incentivar os caminhoneiros a aderirem à paralisação foi Plinio Dias, presidente da CNTRC (Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Carga). “Não estamos apoiando isso. Essa situação é uma ação Popular. Não tem nada a ver com caminhoneiros”, disse Dias.