Ariane Padovani
Cada vez mais estamos buscando evoluir e expandir os nossos conhecimentos sobre quem somos e o mundo no qual vivemos. Não dá mais para levar a vida no piloto automático e, é por isso, que a profissão de Coach cresceu tanto nos últimos anos, pois, mais do que nunca, precisamos de direcionamento, de alguém capacitado que nos conduza aos nossos objetivos de forma rápida e eficiente.
Marco Oliveira, de 31 anos, formado em recursos humanos e com 17 anos de experiência no varejo, descobriu que ser neurocoach é sua missão de vida e se denomina como ‘coach da vida real’. “Eu sou coach de gente, que vive no mundo real. Eu lido com sentimentos de pessoas humanas que querem chegar a um objetivo. Sou coach de resultado, de performance. Se a pessoa tem um objetivo, ela pode fazer um processo”, contou Marco. “O coach é uma metodologia aplicada, então são ações práticas, onde você vai ser inspirado a todo o momento a tomar as ações necessárias para atingir os seus objetivos. Não é tratamento, não é um curso, é um processo de desenvolvimento humano, que começa com o autoconhecimento”, explicou.
Objetivos
Trabalhando há um ano e meio como coach, Marco afirma que o processo pode adiantar em dez anos a vida do coachee, desde que haja comprometimento. “Na primeira sessão vai ser feito um mapeamento de como está a sua vida hoje, que seria o ponto A. Aí nós vamos identificar qual o seu nível de satisfação nas 12 áreas da sua vida para que, definindo o ponto A do seu estado atual, a gente possa planejar e visualizar qual é o ponto B, que é aonde você quer chegar. São dez sessões, onde você sempre sai com um plano de ação para se aproximar do seu objetivo. Dentro do processo, o coach vai fazendo diversas perguntas poderosas de alto impacto para a mente, que geram reflexões para gerar tomada de consciência e fazer o coachee se movimentar e agir. Cada encontro tem as ações e as tarefas que vão acelerar os objetivos entre o A e o B. O processo de neurocoaching te faz ter a clareza que talvez você fosse demorar muito para adquirir sozinho”, garantiu Marco, frisando que tudo se resume a autoconhecimento. “Se você quer atingir um determinado objetivo precisa se conhecer para saber quais são os seus pontos fortes, seus sabotadores, o que te breca. O autoconhecimento é o ponto de partida. Quando você busca se conhecer a fundo, conhecer as suas crenças limitantes e tudo aquilo que te atrapalha, aí você se torna imparável, porque consegue mudar o seu comportamento para agir de maneira congruente com aquilo que você quer”.
Mesmo com o autoconhecimento, o neurocoach alerta que não existe fórmula mágica para lidar com os pensamentos sabotadores e as crenças limitantes. “Você simplesmente os deixa de lado e escolhe caminhar na direção daquilo que deseja. É ter a clareza de quem você é e quanto atingir aquilo é importante para você. Se for de fato importante, se fizer o seu coração pulsar. A gente se sabota a todo o momento se não tiver comprometimento com aquilo que quer. Uma pessoa comprometida não dá ouvidos a pensamentos sabotadores”, salientou.
É bem verdade que, devido a essa nossa sede por autoconhecimento, profissionais de diversas áreas se tornaram Coach, mas Marco esclarece que o neurocoach é uma vertente diferente do coach tradicional, que vemos aos montes por aí. “O coach tradicional é bem ação prática, tarefas, ferramentas práticas. O neurocoach faz um enquadramento das suas crenças, leva em consideração o autoconhecimento, quem você é, porque, entre onde você está e aonde quer chegar, muitas coisas vão acontecendo dentro de você. Você pode desanimar, ser sabotado por algum sentimento, demonstrar um comportamento que vai te tirar dessa jornada, então o neurocoach te blinda para tudo isso”, objetivou Marco.
Eneagrama
Dentro do processo de coaching, Marco aplica o Eneagrama, ferramenta que mapeia a personalidade do coachee. “É um questionário com 45 afirmações, onde o coachee atribui uma nota de 0 a 5 de acordo com o quanto ele se identifica com cada uma delas. Essas afirmações são muito bem estruturadas, então não tem como sabotar as respostas, se você mentir em algum momento vai aparecer qual é a realidade. Ele fala exatamente quem você é, como se comporta, quais são seus vícios emocionais, seus pontos fortes, como você tende a agir e o seu centro de inteligência. São nove tipos de personalidades e dentro desses nove tipos tem as características de cada um e como tendem a reagir em diversas situações. E através do autoconhecimento dessa ferramenta, a gente entra no processo de coach”, narrou o neurocoach.
Coach x Psicólogo
Muito se questiona se o coach e o psicólogo fazem o mesmo trabalho, apesar de terem formações diferentes. Marco elucida que tudo depende do estado emocional de cada indivíduo que o procura. “O processo de coaching serve para desenvolver a pessoa, maximizar a performance e é para quem tem objetivos específicos. É como se ele te fizesse criar músculos para agir. Se as tarefas não forem executadas, a gente faz um enquadramento da crença para mostrar porque a pessoa não agiu. Se trabalhando o enquadramento ela mudou a forma de pensar e começou a agir, ótimo, essa é uma pessoa que deve fazer o processo. Agora se ela começar a não executar por questões emocionais profundas, ela é um caso para a psicoterapia. São duas áreas totalmente distintas”.
Marco lembrou que ele já fez psicoterapia e é absolutamente a favor de que todos façam. “As ferramentas e a metodologia do coaching podem ser as mesmas, mas cada profissional customiza e tempera com seus artifícios e as suas habilidades. O meu comprometimento é com o resultado desejado do coachee. Através do meu trabalho eu consigo fazer as pessoas chegarem onde elas querem e esse é o meu principal objetivo”, explanou o neurocoach.
Gratidão
Marco é adepto da gratidão, o que ele assegura fazer parte do contexto da neurociência, sua área de trabalho. “Quando você volta os seus olhos para a gratidão e começa a agradecer por qualquer episódio da sua vida tudo muda. Praticar o exercício da gratidão é uma mudança de Mindset. Quando o coachee está totalmente insatisfeito com a vida dele, não consegue enxergar nada de positivo, mas através das perguntas de autoimpacto que o processo de neurocoaching tem, ele vai enxergar que precisa começar a ser grato e extrair algo de positivo dos eventos ruins da vida dele ou das experiências não tão felizes”, avaliou Marco, que deseja impactar o maior número de pessoas. “Eu quero histórias transformadas, pessoas que chegaram onde elas realmente queriam no fundo da alma”, finalizou Marco.
Quem quiser ler o artigo que Marco escreveu sobre neurocoach é só clicar no link: https://www.onovotempo.com.br/single-post/uma-emocionante-partida-de-tenis