Nesta terça-feira, dia 29 de julho, perdemos uma pessoa muito querida e com um papel extremamente importante na educação de muitos de nós, que tiveram o privilégio de se sentar em uma cadeira em uma sala de aula em que a professora doutora Inayá Bittencourt e Silva ministrava aulas. Inayá dedicou três décadas de sua vida à Uniara, que hoje lamenta sua partida, se solidarizando com seus familiares e amigos neste momento de tristeza e dor.
Elegante, inteligente e humilde, Inaya ensinou mais do que disciplinas acadêmicas, ela ensinou muitos a serem humanos, a terem empatia, cuidado e atenção com o próximo. Gestos que eram naturais dela.
Hoje, o vazio da saudade toma conta dos nossos corações, mas os mesmos estão preenchidos e transbordando todos os ensinamentos que nossa querida Inaya nos deixou.
Ela foi referência importante na educação de Araraquara e pioneira na luta contra o racismo estrutural nas escolas públicas, sendo reconhecida nacionalmente. Ela sempre acreditou que a educação é uma ferramenta poderosa de transformação.
Todos que tiveram a oportunidade de conviver com essa mestra, hoje sente a dor de sua partida! Seu velório será realizado nesta quarta-feira, dia 30 de julho, a partir das 12h30, no Memorial Fonteri. O sepultamento será realizado às 16h30, no cemitério São Bento.
Universidade de Araraquara – Uniara
Mensagem da chefe do departamento de Ciência Humanas e Sociais – CHS da Uniara e amiga de Inaya, Eduarda Escila Ferreira Lopes:
“Hoje nos despedimos da minha grande amiga, professora Inayá. Minha eterna diretora. Minha confidente. Uma mulher que foi muito mais do que uma educadora — um exemplo de força, sabedoria e elegância.
Araraquara perde uma de suas grandes referências na educação. E, quando digo ‘grande’, falo com o peso da história: incontáveis cidadãos araraquarenses passaram por suas mãos, fossem eles futuros médicos, advogados, artistas, engenheiros ou professores. Ela tocou vidas. Transformou futuros.
Tive a honra de tê-la como diretora no ensino médio do EEBA e, posso dizer, com toda convicção: ela fez de uma escola pública, uma escola de referência. Um espaço de dignidade, excelência e inclusão.
Visionária, se antecipou ao debate racial nas escolas e, em 2009, publicou ‘Racismo Silencioso na Escola’, muito antes do MEC instituir qualquer resolução sobre o tema.
Aceitou com entusiasmo ministrar aulas de política no curso de Publicidade e Propaganda, sempre com o objetivo de ampliar o olhar dos nossos alunos. Organizou diversos debates com candidatos a prefeito, porque acreditava no poder da informação e da formação crítica. Respeitadíssima por todos sempre. Trabalho que exerceu até o ano de 2021.
E como esquecer que, em plena pandemia, perto dos 90 anos, se dispôs a dar aulas síncronas pelo Google Meet? Sem reclamar. Com amor. Sempre pensando nos alunos.
Uma mulher de alma generosa, presença delicada, fala firme e coração gigante. Inayá era elegância até no modo de ser.
Nossas conversas, nossos encontros, nossas trocas… tudo será eternizado em meu coração.
Com carinho e admiração,
Eduarda.