Da redação
Na tarde dessa terça-feira (17), em uma ação coordenada pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Araraquara, o ex-vereador Ronaldo Napeloso e o engenheiro Ademir Palhares, o Mimi, foram presos e encaminhados à cadeia pública de Santa Ernestina, cumprindo os mandados de prisão expedidos pela 3ª Vara Criminal de Araraquara.
A sentença é definitiva e determina que Palhares cumprirá mais de 10 anos de pena em regime fechado. Já Napeloso foi condenado a 2 anos e 6 meses de cadeia em regime semiaberto.
Os dois réus atuavam na Secretaria de Desenvolvimento Urbano do município.
Caso Napeloso
A investigação começou quando a operação Schistosoma foi deflagrada pela Polícia Federal em 2013. A ação iniciada pela Justiça Eleitoral em 2012 foi realizada, pois se entendeu que Napeloso tinha um patrimônio incompatível com o rendimento lícito que ele declarava.
Após a quebra de sigilo telefônico do ex-vereador ficou claro que ele tinha total domínio sobre a Secretaria da Agricultura e Abastecimento do município.
Ademir Aparecido Palhares, ex-coordenador de Desenvolvimento Urbano, seria responsável por irregularidades nas doações de áreas e regularização imobiliária, os indícios apontavam para a cobrança de valores como condição para a concessão de áreas públicas a empresários para fins de instalação de plantas industriais e, em alguns casos, como condição para concessão de autorização para funcionamento de estabelecimentos comerciais.
Em 2015, o ex-vereador foi condenado a 7 anos de reclusão em regime semiaberto pelo crime de lavagem de dinheiro, e a 7 meses por fraude processual. Determinou-se também que ele pagasse 23 salários mínimos pelos crimes. Em 2016 a justiça condenou Napeloso a 14 anos pelos crimes de lavagem de dinheiro, fraude processual e falsidade ideológica. Em 2017 foi preso por ocultação de bens e lavagem de dinheiro.
Napeloso já havia sido preso outras vezes e chegou a ficar preso no centro de ressocialização de Araraquara por cerca de 3 meses, mas conseguiu um habeas corpus e, desde então aguardava a sentença em liberdade.