sexta-feira, 22, novembro, 2024

Coxinhas X Melancias

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José A C Silva

Até quando vai durar a luta de esquerda e direita no país? Em Araraquara, os eleitores de Bolsonaro protestaram com palavras de ordem, pedindo a prisão do prefeito Edinho Silva (PT), que foi tesoureiro de campanha da ex- presidente Dilma Rousseff (PT). O protesto contra Edinho foi misto de alegria e ódio, pois a eleição do “mito” tinha acabado de ser anunciada em frente ao teatro municipal.

Atualmente os que se denominam de direita, chamam a esquerda de Melancia – verde por fora e vermelha por dentro. Da mesma forma a esquerda chama a direita de Coxinha. Já os de centro têm vontade de comer a coxinha e a melancia de sobremesa.

O novo presidente do Brasil, felizmente escolhido nas urnas, é contestado pelos movimentos sociais, sindicais, estudantis e por partidos de esquerda que fizeram protesto na noite na última terça-feira (30), na Avenida Paulista, região central de São Paulo. A manifestação foi focada contra o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). O ato foi organizado pela Frente Povo Sem Medo, MTST e UNE. A concentração foi no vão livre do Masp e ocuparam faixas da via sentido Consolação, região central de São Paulo – o grupo seguiu pela rua da Consolação até a praça Roosevelt.

A maior parte dos manifestantes já havia se dispersado por volta de 22h, mas policiais militares permaneceram na praça, enquanto pessoas encapuzadas estavam no local.

Faixas e cartazes denunciavam as declarações ‘fascistas’ e autoritárias de Bolsonaro e de seus apoiadores. Manifestantes exigiam a manutenção de valores democráticos.

O ato foi iniciado de forma pacífica, mas acabou em conflito, quando a maioria dos manifestantes já havia se dispersado. O confronto começou por volta das 22h30, quando bombas de efeito moral foram disparadas pela PM contra pessoas com o rosto coberto que responderam jogando garrafas. Uma barricada foi erguida na via, e ao menos uma agência bancária foi depredada. Segundo a PM, pelo menos uma pessoa foi detida.

Divulgado nas redes sociais, o protesto cobrava a manutenção dos valores democráticos, a liberdade de manifestação e expressão por conta das declarações feitas pelo presidente eleito a seus opositores.

Redação

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