O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo estuda a eficácia da substância no tratamento de câncer
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da Fosfoetanolamina, Roberto Massafera, e o relator da CPI, Ricardo Madalena, receberam nessa quarta-feira (7) um abaixo assinado com 2.500 assinaturas de Iacanga (SP) manifestando apoio e solicitando a continuidade dos estudos com a substância. O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) estuda a eficácia da Fosfoetanolamina no tratamento de câncer.
“Para nós, que moramos em cidade pequena, é muito importante que essa CPI investigue sobre essa pesquisa da fosfoetanolamina. O custo do tratamento para o câncer é muito alto, e com essa pílula o custo ficaria acessível”, disse o jornalista Carlos Cardoso que entregou o documento à comissão.
Segundo o deputado estadual Roberto Massafera, moradores de outras cidades do interior como Américo Brasiliense, Araraquara, Ibitinga, Leme e Pirassununga também manifestaram apoio.
Durante a reunião dessa quarta-feira (7), a comissão aprovou todos os requerimentos da pauta, inclusive a convocação do diretor geral do ICESP, Paulo Hoff, e o presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa da Silva.
A síntese da fosfoetanolamina foi descoberta pelo professor aposentado da USP de São Carlos, Gilberto Chierice. Em 2016, o governo do Estado, o ICESP e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) assinaram convênio para iniciar os testes clínicos com a substância, mas os estudos foram interrompidos precocemente pelo ICESP em março de 2017.
“Estamos nos esforçando para que os estudos continuem, mas antes precisamos verificar se o dinheiro público que foi utilizado na pesquisa do Icesp seguiu as regras previstas”, disse o presidente da CPI, deputado Roberto Massafera (PSDB).
OncologistaA CPI ouviu o oncologista chefe do hospital São José, em São Paulo, Antônio Carlos Buzaid. Ele não se posicionou sobre o estudo do ICESP. “Não sou capaz de opinar. Não vi o relatório e nem acompanhei a continuidade da pesquisa”. O oncologista relatou que, em 2008, propôs ao hospital Sírio Libanês que realizasse os primeiros testes clínicos com a fosfoetanolamina.
Roberto Massafera e o relator da CPI, Ricardo Madalena, adiantaram que a CPI está obtendo dados que demonstram que o estudo realizado fugiu ao que estava estabelecido protocolarmente. Eles avaliam a necessidade de dar continuidade aos testes para se chegar a conclusões mais precisas sobre a eficácia da fosfoetanolamina no tratamento do câncer.