O Poder Judiciário de Bauru condenou os engenheiros do DER denunciados pelo GAECO/Bauru na Operação Estradas, realizada em novembro passado.
A sentença foi proferida pelo Juiz da 4ª Vara Criminal, acolhendo os pedidos do Ministério Público, e condenou os réus Denis Nogueira Lima, Cláudio Nogueira Júnior, Rafael Lamonica Netto, Glauco Pasquinelli e Sílvio Benito Martini Filho, pelas práticas de organização criminosa e peculatos, com desvio de verbas públicas mediante fraude em contratos administrativos.
Os três engenheiros do DER/Bauru: Denis Paulo Nogueira (condenado a 6 anos, mas por conta de uma colaboração premiada cumprirá penas restritivas), Lamônica Netto (foi condenado à pena de 7 anos de reclusão em regime semi aberto) e Claudio Nogueira Junior (condenado a pena de 9 anos de prisão em regime fechado ).
Já Glauco Pasquinelli e Silvio Benito Martini – responsáveis pelas empresas, com as quais os engenheiros do Departamento em Bauru, mantinham contratos ilícitos, foram condenados a 7 anos de prisão (no semi aberto).
Em novembro, o Gaeco de Bauru, deflagrou a Operação Estradas, cumprindo mandados de busca e apreensão e prisões nas cidades de Bauru, São Paulo e Maringá, no Estado do Paraná. Os três engenheiros do DER /Bauru e os dois empresários foram presos durante a operação.
A investigação durou mais de 1 ano e o Gaeco apurou que os engenheiros formaram uma estruturada organização criminosa para a prática sistemática de peculatos, mediante fraude na execução de contratos administrativos firmados entre o Departamento de Estradas de Rodagem e as empresas ENGESPRO engenharia Ltda, PLANSERVI engenharia, EPT engenharia e pesquisas tecnológicas e L.A. Falcão Bauer.
Pelas investigações, o grupo que já atuava desde 2010, adulterava as medições das quilometragens rodadas pelas viaturas de apoio aos usuários, superfaturando os valores pagos pelo estado de São Paulo para as empresas.
O valor apurado de prejuízo ao Estado foi de mais de R$ 5 milhões.