O artista e pesquisador Enio Longo foi selecionado para representar o Brasil no Festival Internacional de Nanoarte 2025, que será realizado no Japão entre os dias 16 e 23 de novembro. O evento é promovido pela NanoArt 21 e pela Academia de Nanoarte, sob curadoria do cientista e artista Cris Orfescu, com sede na Universidade de Shizuoka, no campus de Hamamatsu.
A edição japonesa do festival acontece paralelamente à 17ª Conferência Internacional de Física de Materiais Avançados (ICPAM-17), organizada pela Universidade Alexandru Ioan Cuza de Iasi, da Romênia, em parceria com diversas instituições acadêmicas internacionais. Em anos anteriores, o Festival de Nanoarte já passou por países como Finlândia, Alemanha, Romênia, Grécia, Espanha, Croácia, Egito e Turquia, reunindo artistas e cientistas de todo o mundo.
Reconhecido como um dos pioneiros da Nanoarte no Brasil, Enio Longo integra o núcleo de criatividade do Projeto Nanoarte do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) — um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), com sede na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Cinco obras do artista foram selecionadas para a mostra no Japão: “Vibrações”, “Dança das Cores”, “Universo em Harmonia”, “Torre de Babel” e “Labirinto”.
Enio dividirá espaço com artistas e cientistas de diversos países, como Andrey Maximov, Nargi Azgarova, Takuya Suzuki, Bjoern Daempfling, Dorothea Fleiss, Bob Bingham, Fran Flaherty, Jan Kirstein, Constantin Severin, Anna Ursyn, Matjuska Krašek, Jack So, Ao Lei, Jean Constant, Yuki Kodaira, Naoko Sakaguchi, Han Halewijn, Ishraki Kazi, David Hylton, Saya Nakashima, David Derr, Andrey Kuzmin, Suchea-Brincoveanu, Sara Bensaltana e Cris Orfescu.
Com uma carreira marcada pela fusão entre arte, ciência e tecnologia, Enio Longo tem contribuído para difundir internacionalmente a Nanoarte brasileira. Em 2012, participou de uma exposição em Tel Aviv (Israel) coordenada por Cris Orfescu, e posteriormente levou suas obras para mostras em Nova Iorque, São Francisco (Califórnia) e Romênia.
Em 2014, uma de suas criações foi destaque em reportagem sobre Nanoarte publicada pelo The New York Times. Em 2017, o artista teve a oportunidade de apresentar algumas de suas produções na mostra coletiva Exposição Inovanças: criações à brasileira, realizada no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.
Inspirado por uma visão humanista e simbólica da arte, Enio constrói obras que dialogam com o cinema, a espiritualidade e a condição humana. Sua criação “Labirinto” homenageia mestres do cinema como Luis Buñuel, Michelangelo Antonioni, Sergio Leone, Akira Kurosawa, Paolo Pasolini e Federico Fellini, enquanto “Canto Mudo” (1980) expressa uma reflexão singular sobre Cristo e o silêncio da fé.
Com sua participação no Festival Internacional de Nanoarte 2025, Enio Longo reafirma o protagonismo da arte brasileira em um dos mais inovadores movimentos de convergência entre ciência e expressão artística no mundo.
CDMF
Com sede na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e dirigido pelo Prof. Dr. Elson Longo, o CDMF é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e recebe também investimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN).
































