FliSol divulga resultado do “1º Prêmio FliSolzinha”

Lucas Tannuri é um dos representantes de Araraquara

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A FliSol – Feira Literária da Morada do Sol divulgou o resultado do edital “1º Prêmio FliSolzinha” para autoras e autores de Araraquara e dos 25 municípios da Região Central do Estado de São Paulo. Após avaliação da Banca de Pareceristas composta por integrantes da Pós-Graduação da Faculdade de Letras UNESP – Araraquara, a coordenação da Festa Literária da Morada do Sol divulgou as obras selecionadas e suplentes.

Na categoria “Autores e Autoras de Araraquara” foram selecionados os contos: “O Julgamento de Macunaíma”, de Jobert Gaigher e “Onde há mar”, de Lucas Tannuri; já na categoria da Região Central do Estado de São Paulo, o conto é “As aventuras de Minikey – A Ameaça Invisível”, de Adam C. Rami.

As obras de literatura para infâncias selecionadas serão publicadas e lançadas durante a 4ª edição da FliSol. Vale destacar que, devido ao empate entre duas obras na categoria “Autores e Autoras de Araraquara”, a organização da FliSol optou pela publicação das duas obras empatadas.

Ainda, de acordo com a organização, caso os responsáveis pelas obras selecionadas declinem da participação, serão convocados os autores/autoras das obras classificadas como suplentes, em ordem de classificação, da seguinte maneira: “Intihuatana”, de Azucena Rodriguez (1º lugar na suplência), “Caramelo e Zig – Tão diferentes e tão amigos”, de Carlos Dantas (2° lugar) e “As cores de Zane, o camaleão”, de Rafaela Zanetti (3º lugar)

Todas as obras selecionadas serão impressas pela editora Ópera, de Araraquara e os autores selecionados irão participar da mesa “Literatura Infantil da FliSol”, no dia 08 de novembro, com cachê de R$ 500,00. Também, cada selecionado recebe 100 exemplares da sua obra.

Análise – Maria Lúcia Outeiro Fernandes, livre docente em Literatura da FCL/UNESP-Araraquara, analisou as obras selecionadas.

De acordo com suas observações, “O Julgamento de Macanaíma”, escrito por Jobert Gaigher, não é apenas um livro de entretenimento para crianças, trata-se de um livro que introduz o leitor em diversos temas relevantes para sua formação intelectual e cultural, onde o escritor coloca alguns dos principais tópicos que remetem aos episódios mais relevantes do livro modernista, recontando as aventuras do ‘herói sem nenhum caráter’ e enriquecendo-as com novos episódios ocorridos na região da Morada do Sol.

“(A obra) conduz a criança e o adolescente ao rico universo da cultura e da literatura brasileira, iniciando seus leitores na linguagem e no universo das questões trazidas pelos modernistas, além de proporcionar também uma iniciação ao universo da Política, entendida em seu mais genuíno sentido de administração da vida coletiva, com a participação fundamental da Justiça, sem a qual não é possível a vida em sociedade. Fábula, mito, encantamento e conhecimento se unem no livro para ampliar os horizontes de seus leitores”.

Sobre “Onde há mar”, a educadora conta que o azul invade todo o livro de Lucas Tannuri, fazendo cruzarem o céu, o mar e o infinito do sonho e da imaginação. O mar traz também a areia e rima com Marina, a companheira do personagem que mergulha com ele no mar, ao encontro dos mistérios do azul lá fora e dos mistérios das suas emoções, por dentro. Assim, ele descobre que o mar lhe causa arrepios e aflições, mas também o inunda de beleza. “Estamos diante de um livro que nasceu para levar o leitor a um estado de puro encantamento. Uma reflexão suave, que se faz de modo poético e delicado, acerca de emoções e perplexidades”.

Por fim, em “As Aventuras de Minikey – A Ameaça Invisível”, Adam C. Ramí oferece aos pequenos leitores um texto delicado e prazeroso, ambientado numa floresta, onde alguns amigos são ameaçados, de repente, por um perigo não identificado. “A história se desenvolve de forma dinâmica, por meio de diálogos diretos, conduzidos pela protagonista, uma roedora que pertence a uma espécie ameaçada de extinção. Seu nome, Minikey, que significa ‘pequena chave’, sugere seu papel relevante no desenvolvimento do enredo e da mensagem. Com o desvendamento da identidade do intruso, o equilíbrio é restaurado entre os animais. Inspirada nas antigas fábulas, a narrativa traz uma mensagem edificante, aponta a necessidade de respeito e solidariedade entre as espécies, o valor da amizade, da harmonia com a natureza, a relevância da união e do diálogo, além de incentivar as crianças a buscarem informações acerca de algumas espécies de animais”.

A FliSol 2025 acontecerá entre os dias 5 e 9 de novembro, com toda a programação gratuita, em uma realização do Ministério da Cultura e Instituto Colibri, em parceria com a Prefeitura de Araraquara, por meio da Secretaria Municipal da Cultura e Fundart e da Secretaria Municipal da Educação.

O evento chega este ano a sua 4ª edição e reforça seu papel como uma das principais plataformas culturais do interior paulista e, ainda conta com parceiros e apoiadores, como Sesc, Senac, Sesi, Unesp, Uniara, Instituto Federal de São Paulo, Academia Araraquarense de Letras, Hotel Municipal, Paraty Mobilidade, Casa do Saci, Café com Pernas, EPTV e EP FM, além do patrocínio da Necta e do Sicoob Araraquara.

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