Ariane Padovani
Utilizado por muitas pessoas para a prática de caminhadas e outros exercícios físicos, o Bosque do Botânico, localizado no Jardim Botânico, é alvo de diversas críticas por parte de seus frequentadores.
O principal problema relatado é a iluminação precária do local no período noturno. O professor de educação física Laert Braz Júnior, que integra um grupo que utiliza o bosque para corridas, falou à reportagem sobre a situação do local. “O Botânico sempre tem diversos problemas e o último é com as luzes que ficam apagadas ou piscando, o que deixa escuro parte do parque”, contou. “O escuro acaba deixando as pessoas com receio de frequentar o local. Nesta época do ano, após as 18 horas, já está de noite e as pessoas acabam não indo com receio da escuridão, além, é claro, de poder se machucar tropeçando por não conseguir ver direito o piso”, explicou o professor.
Problemas diversos
Outros problemas também foram apontados. “As barras, as instalações das estruturas para realização de exercícios, os banheiros, enfim, todos estão sem manutenção adequada. E durante o ano, a manutenção do mato não ocorre como deveria, embora no momento esteja cortado. Normalmente é feito com uma frequência que não é a ideal”, acrescenta Júnior.
Rosana Maurício, que também pratica corrida no Botânico, disse que a falta de iluminação prejudica os exercícios, já que o asfalto não está em boas condições. “O asfalto está bem irregular, com buraquinhos, não está plano. Faz cinco anos que a gente treina lá e nunca vimos melhorar o asfalto. E o mato eles dão uma limpada só na parte de cima, lá embaixo, na volta grande que beira a rua, nem dá para ir por causa dos matos. Os banheiros não têm condições de usar”, reclamou a professora.
Ainda de acordo com Rosana, a parte de segurança, porém, melhorou um pouco. “Agora tem um rapaz de moto que fica andando lá dentro. Às vezes tem a ronda da guarda, então essa parte melhorou”, ponderou.
Segurança
Em abril de 2018, a cidade de Araraquara foi condenada a pagar R$ 200 mil à família da empresária Tereza Lúcia Coli Margiotti, que foi morta no dia 30 de setembro de 2016, no Parque Botânico. A decisão foi da 1° Vara da Fazenda Pública.
A condenação foi decretada devido à omissão por parte da Prefeitura Municipal de Araraquara com relação aos cuidados básicos de segurança no local que tem vigilância da Guarda Civil Municipal, mas no momento do crime, não havia nenhuma equipe no local.