sábado, 6, julho, 2024

Inadimplência e recuperação de crédito recuam em Araraquara no mês de abril

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Os indicadores de inadimplência e recuperação de crédito, estimados para a região de Araraquara, mantiveram tendência de queda durante o mês de abril. O cenário constatado no município está em consonância com os resultados observados em âmbito estadual e nacional.

De acordo com levantamento realizado pelo Núcleo de Economia do Sincomercio Araraquara, com base nos dados divulgados pela Boa Vista SCPC, o número de novas inclusões no cadastro geral de inadimplentes caiu 0,9% entre março e abril de 2019. No mesmo período, as exclusões dos registros de inadimplência também diminuíram, encerrando o mês de abril 0,8% menor.

Inadimplência

O indicador de Inadimplência – elaborado a partir dos novos registros de dívidas vencidas e não pagas à Boa Vista SCPC – segue em queda pelo nono mês consecutivo. Os dados de 2019 relevam uma variação acumulada de -7,3% entre janeiro e abril. Confrontados os dados mensais, houve queda de -0,9% contra maio de 2019, enquanto que na comparação interanual a redução chegou a – 11,5%. Em linhas gerais, essas movimentações sugerem que o consumidor araraquarense tem conseguido manter em dia o pagamento de novas dívidas adquiridas. É preciso considerar, no entanto, que os altos níveis de endividamento da população e o fraco crescimento da renda e do emprego mantêm os consumidores mais comedidos em suas decisões de consumo, do mesmo modo que aumenta a seletividade das empresas credoras no momento da concessão de novos empréstimos.

Recuperação de Crédito

Ainda em relação ao mês de abril de 2019, o indicador de recuperação de crédito – obtido a partir da quantidade de devedores excluídos da base de dados da Boa Vista SCPC – também vem registrando sucessivas quedas. O recuo foi de 0,8% em relação a março de 2019, e na comparação com o mesmo mês de 2018, o indicador reduziu 18,3%, de forma que, no ano, houve queda acumulada de 8%.

Se, por um lado, a redução da inadimplência representa um ganho para o município – motivando a queda dos juros cobrados nas operações de financiamento – o mesmo não pode ser deduzido para a variação negativa da recuperação de crédito. Na verdade, a queda desse indicador sugere que os endividados estão tendo dificuldade de reequilibrar suas contas, e a permanência nos registros de inadimplência os mantêm restringidos em suas decisões de consumo. As adversidades ocorridas na economia nos últimos anos, a estagnação do emprego e o fraco crescimento da renda vêm impactando negativamente a expectativa de rendimento das famílias. De fato, os avanços das reformas estruturais, bem como a inclusão automática no Cadastro Positivo são uma boa notícia para o mercado de crédito, visto que criam condições para a redução dos juros futuros. Contudo, a retomada mais expressiva do crédito aos consumidores, sem aumento dos riscos, segue condicionada à recuperação do emprego e da renda.

Redação

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