Os motoristas de carro, ônibus, moto e até os ciclistas têm algo em comum: todos são pedestres em algum momento do dia. Neste domingo (8), Dia Mundial do Pedestre, dados do Infosiga São Paulo trazem boas notícias: comparando-se os primeiros seis meses de 2020 e 2021 houve queda de 6,7% nos óbitos de trânsito envolvendo pedestres.
De janeiro a junho de 2020 foram registradas 537 fatalidades. Já nos primeiros seis meses de 2021 este número caiu para 501 óbitos. Deste total de 2021, 76% das ocorrências foram do sexo masculino e 23% feminino. Em relação à faixa etária, 36% dos óbitos foram de pessoas com mais de 60 anos.
“Seguir as regras básicas de educação no trânsito no exercício da cidadania, é fundamental para garantir a segurança de todos, sobretudo do pedestre, que é o elo mais frágil do sistema.” destaca Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran.SP.
Para a secretária Janaina Faria, que também é motorista nos finais de semana, é perigoso ser pedestre principalmente em São Paulo, onde o grande problema é o desrespeito à faixa de segurança.
“Quando desço do transporte coletivo, procuro uma faixa de pedestre, mas geralmente tenho problema para atravessar porque sempre tem carros em cima. Uma vez tive que correr para não ser atropelada e eu estava andando corretamente pela rua. Agora, eu sou jovem, mas se fosse um idoso ou alguém com menos mobilidade o risco seria muito grande”.
Outro problema, segundo Janaina, é o uso do celular tanto pelo pedestre quanto pelo motorista. “Cometo um erro que é andar usando o celular na rua, como muita gente faz. Mas também tem o motorista que para no farol e fica digitando mensagens e não presta atenção nos pedestres. São duas situações perigosas”, adverte.