Da redação
O Instituto dos Cegos Santa Luzia de Araraquara está comemorando 59 anos de fundação neste mês de julho. O aniversário da entidade foi comemorado com bolo no último dia 20 de julho, durante a realização do bingo.
O administrador José Carlos Zanoni, que é formado em pedagogia pela Unesp de Araraquara e trabalha na entidade desde 1997, relatou à reportagem do O Imparcial que o Santa Luzia foi fundado em 20/07/1959, e funcionou em um prédio localizado na Rua 9 de Julho, no Centro, até que em 1969, recebeu em doação do município o prédio onde está instalado até hoje. Zanoni, que também é deficiente visual, conta que atualmente o Instituto abriga 11 pessoas com idades entre 32 e 65 anos.
Os oito funcionários, entre eles, duas enfermeiras, duas cozinheiras, uma faxineira, dois administrativos e uma assistente social, são responsáveis pela alimentação, vestuário, administração de medicamentos e etc. dos internos. Além disso, todo mês eles realizam um bingo beneficente para arrecadar fundos para o custeio do Instituto, que conta também com o aluguel de um imóvel e de uma área de lazer.
Ajuda
Através de uma emenda parlamentar do deputado federal Lobbe Neto (PSDB), o Instituto recebeu o valor de R$ 100 mil que serão usados no custeio dos serviços básicos como alimentação e compra de medicamentos, além de pequenas manutenções.
“Entre as atividades que os internos têm acesso estão o curso de Braile, educação física, informática e violão, entre outros. Temos também um coral formado por cinco internos que realiza apresentações quando é convidado, também mantemos um convênio com a APAE. Dizem que o frango que a gente faz aqui para vender durante o bingo é um dos melhores da cidade. É através do bingo que a gente gera renda para manter nossa instituição, além de um convênio com o governo estadual que nos repassa um valor mensal. Mas quero agradecer ao deputado Lobbe Neto pela destinação dessa emenda, que será muito importante para a manutenção da nossa entidade”, ressaltou Zanoni.
“Lá a gente é uma família, nos acostumamos uns com os outros e nos preocupamos uns com os outros, como se fossemos irmãos. A Márcia, por exemplo, que hoje tem 49 anos, chegou ao Instituto com apenas 5 anos. A gente passa mais tempo com o pessoal do Instituto que com a nossa própria família. Lá um ajuda o outro”, disse a enfermeira Luca Fonseca.