sábado, 23, novembro, 2024

Jucá réu

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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou ontem (13), por unanimidade, denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o senador Romero Jucá (MDB-RR) pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, em um desdobramento da Operação Lava Jato.

Com isso, o senador passa, pela primeira vez, a figurar como réu no STF, na primeira ação penal aberta no Supremo em decorrência da delação premiada da empresa Odebrecht. Esta é uma das 13 investigações contra Jucá que tramitam na Corte.

Jucá foi delatado pelo ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Claudio Mello Filho. Segundo o executivo, a Odebrecht fez, em 2014, uma doação eleitoral oficial de R$ 150 mil ao diretório regional do MDB em Roraima, ao mesmo tempo em que discutia com o senador a aprovação, no Congresso Nacional, de duas medidas provisórias (MPs) em benefício da empresa.

Mulher valente

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, disse que “não se submete a pressões”, ao ser questionada sobre a ação de políticos em relação à tramitação de processos em segunda instância.

Ela deu a declaração ao participar do encontro Mulheres no Poder: A Questão do Gênero na Justiça Brasileira, promovido pelo jornal Folha de São Paulo. Enquanto era aplaudida, uma mulher da plateia gritou “Lula na cadeia”.

Em relação à crítica da presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, de que STF está inerte em relação ao debate da prisão após condenação em segunda instância, a ministra reagiu dizendo que sempre lutou pela democracia e que todos têm o direito de se manifestar, porque, caso não pensasse dessa maneira, estaria contrariando o que sempre defendeu: a liberdade de expressão.

“Lutei a minha vida inteira pela liberdade de expressão e pela democracia; não é agora que, quando sou o sujeito que recebe a crítica, que eu iria mudar”, disse.

Aí tem

O ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, classificou de injustas as suspeitas sobre o Decreto 9.048 de 2017, conhecido como Decreto dos Portos. A edição da norma, assinada em maio passado pelo presidente Michel Temer, é alvo de investigação no Supremo Tribunal Federal. Temer e o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures são suspeitos de atuar em um esquema para beneficiar a empresa Rodrimar S/A, que atua no Porto de Santos.

A suspeita, segundo o ministro, “é uma nuvem injusta porque o decreto foi construído de uma forma absolutamente transparente, com a participação das agências reguladoras”.

Adeus Bebeto

Paulo Roberto Freitas, o Bebeto de Freitas, diretor de administração e controle do Atlético (MG), morreu após sofrer um parada cardiorespiratória no centro de treinamento do clube, a “Cidade do Galo”, em Belo Horizonte, na tarde de ontem. Uma ambulância e até um helicóptero chegaram a ser deslocados para o local, mas o dirigente e ex-atleta de 68 anos não resistiu.

Mais cedo, antes de passar mal, Bebeto havia participado do lançamento do time de futebol americano do Atlético. Em nota, a direção do clube confirmou a morte e decretou luto oficial de três dias.

Bebeto de Freitas foi jogador de vôlei e disputou as Olimpíadas de Munique, em 1972, e Montreal, em 1976. Mas foi como técnico da seleção brasileira que o ex-jogador fez história: ele dirigiu a equipe duas vezes vice-campeã olímpica de 1984, em Los Angeles, em 1988, em Seul, time que ficou conhecida como “Geração de Prata”. Depois, Bebeto assumiu o comando da seleção da Itália, conquistando a Liga Mundial de 1997 e o Mundial de 1998.

Redação

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