terça-feira, 26, novembro, 2024

Karatê de Araraquara treina para manter alto nível

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A pandemia da Covid-19 alterou a rotina de todas as pessoas e no esporte não foi diferente. Entretanto, as modalidades derivadas de artes marciais sofrem ainda mais por conta das atividades que envolvem contato físico. É o caso do karatê, que possui treinamentos específicos nos movimentos e também conta com preparação que aprimora as lutas entre os atletas. Em Araraquara, a equipe Bushido-kai/Fundesport, que é uma das mais tradicionais e vitoriosas do estado de São Paulo, adaptou sua rotina para manter o alto nível mesmo com tanto tempo sem competições.

O técnico da equipe, Edson Petroni, explica que mesmo com as mudanças, hoje sua equipe estaria em condições física e técnica de competir. “Nossa sala comporta o número de atletas que estão treinando, então estamos trabalhando com a equipe completa em horários alternados. Todos os dias têm treinamento e a equipe adulta está muito bem. Também estamos com as equipes juvenil e infanto-juvenil, que também estão em plena atividade, sem competições, mas com a parte técnica, tática e física em ordem”, conta.

A equipe não participou de competições em 2020 e também não pôde competir ainda em 2021, mas a espera está perto do fim, graças à flexibilização e à vacinação adiantada no estado de São Paulo. No último sábado (7), em uma reunião promovida pela Federação Paulista de Karatê, foi definida a realização de dois torneios específicos de kata —apresentações de sequências de movimentos com técnicas de ataque e defesa, sem contato físico —, sendo o primeiro em setembro na cidade de Limeira e o segundo em novembro, em Taquaritinga, ambos ainda com datas a serem confirmadas.

Edson Petroni destaca que o período sem competições foi marcado por diversas dificuldades. “Devido à forma como foi lidado o treinamento com a paralisação no auge da pandemia, claro que os atletas sentiram muito e foi muito difícil para manter o alto rendimento, até porque o alto rendimento está ligado à competição. Não é só treinamento, tem que ter objetivos e os objetivos são alcançados nas competições. Como não havia competição, o atleta treina, mas é diferente, porque ele não tem aquele objetivo da competição”, observa o professor.

Ele acrescenta que, durante esse período, cada atleta treinou em casa e a equipe utilizou treinamentos aplicados por meio de plataformas digitais. “Não é da mesma forma como se fosse presencial, mas conseguimos manter pelo menos uns 30% da parte física e condicionamento. Mas logo conseguimos retornar e com essa volta conseguimos dividir os horários. Posteriormente, com o retorno dos treinos presenciais, os atletas voltaram a render mais e ficaram mais equilibrados. Hoje, praticamente estão prontos para competir”, assegura.

Além das equipes de competição, outra novidade vista como positiva para a modalidade é o retorno das Escolinhas de Esportes, que terão suas atividades retomadas no próximo dia 17. “Eu avalio o retorno das Escolinhas de Esportes de forma muito positiva, claro que seguindo todas as normas de segurança da Covid. É fundamental que essas crianças tenham uma socialização e se socializem novamente através do esporte. Eu avalio com bons olhos, tanto pela questão social quanto pelo bem estar das crianças”, analisa Edson.

Vale destacar que a inscrição para as Escolinhas de Esportes estão abertas e podem ser feitas na Secretaria de Esportes e Lazer, que fica localizada no Gigantão, com horário de atendimento das 8 às 12 horas e das 14 às 16h30.

Redação

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