Chamado por diversos moradores, que moram próximos às áreas de instalação das torres de energia da CPFL e de linhas de alta tensão, o vereador Rafael de Angeli (PSDB) averiguou reclamações quanto a descaso público em diversos pontos e bairros.
“Essas áreas se chamam ‘faixas ou áreas de servidão’ e são teoricamente de propriedade da própria CPFL, que deveria ser responsável por manter inutilizados esses locais para segurança da rede e de possíveis pessoas da região”, explica Angeli.
A linha de energia e as áreas possuem uma planta original, na qual consta que os linhões deveriam ser rodeados por vias e calçadas. No entanto, em poucos bairros o projeto é seguido, gerando reclamações e transtornos para a população.
Nos bairros Jardim Martinez e Jardim Água Branca, o parlamentar constatou que, ao invés de ruas, as linhas de energia que passam pelo bairro são rodeadas por mato alto e sujeira. Segundo a população da região, o terreno onde estão os linhões é limpo poucas vezes por ano, trazendo riscos à vizinhança.
“Ladrões escondem armas, ou até mesmo se escondem, no mato alto. A falta de cuidado e de manutenção também facilita a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue. Grande parte dos moradores do bairro foi infectada durante a epidemia pela qual a cidade passa. Algo precisa ser feito, o bairro completou 41 anos e, durante todos esses anos, nada foi realizado para a melhoria do local”, relatou Mariano Desidério, morador do Jardim Martinez.
Em outros bairros, como Tamoio, Parque São Paulo e Yolanda Ópice, ruas cercam as linhas de energia, onde o problema de mato alto e de depósito irregular de lixo se repete. No bairro Yolanda Ópice, uma moradora disse ao vereador que no terreno onde os linhões se situam, já foram encontrados diversos animais peçonhentos, incluindo cobras.
De todos os bairros visitados por Angeli, o único que apresenta uma realidade diferente é o Jardim Panorama, pois um dos moradores cuida do espaço em frente a sua casa, plantando diversos tipos de mudas. Porém, o morador não recebe nenhum tipo de auxílio. “Eu cuido do terreno porque gosto, mas também gostaria de receber ajuda da Prefeitura, nem que fosse com poda”.
“Apesar de todo o transtorno apresentado pela falta de manutenção dos terrenos dos linhões, nem a CPFL e nem a Prefeitura se manifestam sobre de quem é a responsabilidade. Continuaremos cobrando ambos para que as devidas providências sejam tomadas”, ressaltou Angeli.