Lula é candidato
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso na Superintendência da PF (Polícia Federal) em Curitiba (PR), escolheu o dia 27 de maio para o lançamento de sua pré-candidatura à Presidência em todo o Brasil. A informação foi repassada pelo deputado federal Wadih Damous (PT), que visitou o petista na manhã dessa segunda (21) na condição de seu advogado.
O parlamentar afirmou à militância do acampamento Lula Livre, nos arredores da PF, que o ex-presidente pediu para enfatizar que no dia 27 o lançamento ocorrerá em cada cidade brasileira onde o PT está organizado.
“Pouco importa se em cada ato tenha 10 pessoas, tenha 5 pessoas, tenha 500 pessoas. O importante é o somatório em todo o Brasil de cada um desses atos, para deixar claro que o presidente Lula é o nosso candidato”, disse Damous.
Vai não vai
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, refutou a possibilidade de que a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja bloqueada sem que haja contestação prévia – ou “de ofício”, como se diz no jargão jurídico. “O Judiciário não age de ofício, age mediante provocação”, disse a ministra, em entrevista ao programa Canal Livre, da Band, transmitido na madrugada dessa segunda-feira (21). Na semana passada, ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) passaram a discutir nos bastidores a possibilidade de tomar a iniciativa de impedir Lula de ser candidato, para supostamente evitar um impasse durante a campanha. Lula aparece em primeiro lugar em todas as pesquisas.
Alckmin na pior
Candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, Geraldo Alckmin registrou em abril o pior desempenho de um presidenciável tucano em 24 anos, tendo como base as estatísticas do Datafolha.
No período, o ex-governador de São Paulo alcançou 6% das intenções de voto, percentual só não pior do que os mesmos 6% obtidos no pleito de 1989 por Mário Covas, que terminou a disputa na quarta colocação.
Em abril de 2006, quando concorria à Presidência com Luiz Inácio Lula da Silva, Alckmin tinha 20% dos votos.
Cheiro de cadeia
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retoma, hoje (22), o julgamento do deputado federal Nelson Meurer (PP-PR) e de dois filhos dele pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. É a primeira ação penal da Operação Lava Jato julgada pela Corte após a chegada dos primeiros inquéritos, em 2015.
A expectativa no STF é de que mais três parlamentares sejam julgados ainda neste ano: a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o deputado Aníbal Gomes (MDB-CE) e o senador Valdir Raupp (MDB-RO).
A ação contra Gleisi, por corrupção e lavagem de dinheiro, já foi liberada pelo relator da Lava Jato na Corte, Edson Fachin, e está sendo revisada pelo ministro Celso de Mello. Sendo assim, é provável que vá a julgamento ainda neste semestre.