sexta-feira, 20, setembro, 2024

Mais uma intromissão

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Já tivemos a oportunidade de frisar em outra ocasião que, geralmente, em todas as administrações em níveis municipal, estadual e federal, geralmente acontece a participação de filhos, irmãos, genros, cunhados e assim por diante, onde os conflitos surgem à medida em que o andar da carruagem administrativa segue o seu curso normal.
          Como exemplos típicos tivemos na gestão presidencial de Getúlio Vargas, ao nomear o irmão Benjamim Vargas como chefe de polícia. Foi o pretexto para se desencadear uma crise política, além da filha Alzira Vargas, que ocupou um dos cargos durante o período em que o ex-presidente comandou a Nação.
           Outro exemplo foi Pedro Collor de Mello, irmão do ex-presidente Fernando Collor de Mello que, embora não tenha ocupado nenhum cargo no governo Collor, andou complicando a máquina governamental com denúncias até culminar com o impeachment, com destaque até com certa exclusividade à chamada “Casa da Dinda”, além de outras situações comprometedoras e que ensejaram o mandato de Fernando Collor de Mello.
            Como se não bastassem esses episódios, entra em cena um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, que ocupa uma cadeira de vereador à Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, que vem se conduzindo de uma forma incompatível com os bons princípios e usando o sobrenome do pai para seus objetivos junto às redes sociais.
             Carlos Bolsonaro lança críticas e mais críticas ao vice-presidente, General Hamilton Mourão, o que vem causando transtorno à admnistração, instabilidade à máquina administrativa e à própria condução das intenções levadas a efeito pelo governo atual, porque mexe com a imagem, pelo menos de uma forma indireta do atual governo da República.
             Entende-se uma situação que deve ser banida, já que nenhum dos três filhos de Bolsonaro têm o direito de intromissão em assuntos administrativos do Poder Central, já que o próprio pai defende esse ponto de vista, cada um exercendo o seu papel, tanto de vereador, deputado federal e senador da República.
             É de se esperar que o filho Carlos Bolsonaro, já que ocupa o seu mandato de vereador, que o exerça de uma forma leal em defesa dos interesses da cidade do Rio de Janeiro, cumprindo sua missão e honrando os votos auferidos para o exercício dessa função, portanto, é o que esperam os eleitores que o elegeram, deixando de lado o que não está afeto ao seu comportamento de vereador.
             Deve o denunciante colaborar e não tumultuar um governo que encontra algumas adversidades, o que são absolutamente naturais do que se envolver em assuntos administrativos da Nação e é o que a maioria dos brasileiros espera, depois de tantas denúncias de corrupção e que resultaram na prisão de dois ex-presidentes. É hora de pôr um basta nos momentos que causam tumultos e que todos nós estamos exaustos de assisti-los.
              Nosso país tem problemas graves que precisam de uma solução plausível, principalmente a curto prazo, pois são grandes os desafios do governo Federal em torno das necessidades prementes, evitando dessa forma o desperdício de tempo e de energia com questões de pequena importância como desavenças internas causadas por um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro.
              Pela lógica, entende-se que o presidente, como pai, precisa tomar uma posição com toda energia severa e definitiva, fazendo com que o filho assuma de uma vez por todas a sua posição de vereador, já que a sua intromissão, por certo, será ignorada, mas necessária se torna a sua repreensão e conduzi-lo para a realidade, pondo um ponto final nesse impasse.
               O presidente já declarou em algumas ocasiões ser muito grato aos filhos pelo apoio irrestrito que recebeu, quando se lançou candidato ao Palácio do Planalto. Passada a eleição, essa ajuda e apoio se tornaram um palco diferente, aliado a alguns problemas e que não fazem parte do governo, muito ao contrário, devem ser mantidos a distância.
                Bolsonaro foi eleito por uma maioria absoluta e que desejava à época um governo honrado, austero e que viesse a passar por reformas de alto nível e de prosperidade a todos os brasileiros. É o que desejamos em confronto com os desafios naturais na condução do caminho governamental.
Redação

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