quinta-feira, 4, julho, 2024

Morre o professor J. Rufino

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Deixa além da grande sabedoria e conhecimento, um legado raro: o de um homem íntegro e honesto

Célia Pires/Colaboração

Faleceu justamente no Dia do Professor, 15, aquele que foi um dos maiores exemplos da categoria: José Rufino.

Ele adorava dizer que havia nascido no dia da fundação de sua querida Morada do Sol: 22 de agosto.

Foi um dos grandes articulistas da cidade e, durante décadas e décadas, cronista do jornal O Imparcial. O grande mestre estava lutando contra um câncer. Infelizmente, foi vencido.

Seu corpo está sendo velado na Funerária Fonteri, sala 2. Seu sepultamento será realizado nesta terça (16), às 10 horas da manhã.
E como ele escreveu sobre muitos, também escreveu ricos e interessantes capítulos da história de Araraquara, prestando assim, um inestimável serviço à nossa terra, falando de pessoas e fatos, contribuindo, dessa forma, para enriquecer a nossa história.

Sempre escrevia sobre alguém da cidade, como João Batista Galhardo, Dona Cecilia, Paulo Silva, Professora Fanny, entre outras, tornando-as conhecidas e valorizadas.
J. Rufino também chegou a apresentar um programa que era transmitido numa das rádios locais de dentro do jornal O Imparcial.
Escreveu que, na verdade, todos nós somos figuras da história. “Fazer história é cultuar o passado, aproveitando tudo o que de bom ele nos legou, projetando-o no presente numa atividade de reverência, reconhecimento e respeito ao mesmo. Lembro-me dos professores Maria Aparecida Machado Valério, Cidinha, e José Maria Esmenard de Arruda, que nos ministraram preciosas aulas de História, colocando-nos a par de tantos e tantos episódios ocorridos nos diversos quadrantes do Brasil e do mundo”.
Certa vez, Galhardo, do Cartório de Registro de Imóveis, escreveu após ser homenageado pelo professor em uma de suas crônicas: “O Prof. J. Rufino, de uma família tradicional e querida de Araraquara, faz em cada crônica uma homenagem e registra a folha de serviço de notáveis conterrâneos. Uma coluna indispensável, resgatando feitos dos que constroem nossa cidade”.
Eu, Célia Pires, tive a honra de beber durante muitos anos de sua fonte de sabedoria, de bater longos papos com ele. Aprendi ricos e interessantes capítulos da história de Araraquara. Perdemos um grande homem, que prestou um inestimável serviço à nossa terra, falando de pessoas e fatos. Contribuindo com sua rara sabedoria, com sua leveza de ser para o enriquecer da nossa própria história.
Nem é preciso desejar ao Professor J. Rufino que encontre um caminho de luz, pois que ele já era a própria.

  Foto: Arquivo/O Imparcial

Redação

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