É através do trabalho que podemos nos sustentar. É através dele que alcançamos novas possibilidades para a vida. Muitas vezes, são as situações profissionais que nos retiram de nossa zona de conforto e nos empurram para o mundo.
Muitas vezes o trabalho nos impõe desafios que, se pudéssemos escolher, não vivenciaríamos. Seus movimentos nos fazem mudar, e assim, caminhar para frente.
É o trabalho que nos chama para o mundo, um movimento atribuído ao nosso pai.
É o trabalho que permite nosso acesso ao alimento, à segurança e à vida, movimentos atribuídos à nossa mãe.
Então, uma boa dica para olhar para nosso papel profissional é olhar como estamos como filhos. Ou até mesmo ampliar essa percepção: a forma como nos colocamos no trabalho é muito semelhante à forma como nos portamos com nossos pais.
De onde a gente veio?
Recebemos de nosso Pai e chegamos com anuência de nossa Mãe.
Nossa primeira experiência no mundo se dá com nossos pais, e em especial, com à mãe. A busca pelo alimento no seio materno e nossa segurança está totalmente relacionada pela nossa disponibilidade à ela, e a dela à nós.
Como bebês, não decidimos isso racionalmente. No nosso pequenino ser, somos programados para buscar nesta mulher o que nos falta. Enquanto crianças, fazemos isto instintivamente.
Mesmo que, em nossos primeiros anos, nossos sistemas emocionais e físicos não estejam totalmente desenvolvidos, sabemos que é nela que encontramos o que é necessário. E quando bebês, quando sentimos que algo está errado, é na sua presença que encontramos conforto.
É possível perceber como esses primeiros movimentos se assemelham a movimentos que temos para o trabalho? Como o trabalho nos dá acesso a áreas da vida assim como foi dado a nós pela mãe, quando chegamos ao mundo?
Movimento interrompido
Por esse motivo, é comum também que nós projetamos em diversos aspectos do nosso trabalho, questões relacionadas à nossa família de origem. Esse é um dos pontos onde podemos ver como a falta de sucesso profissional está ligado à algo em nosso relacionamento com a mãe.
Se em nossa história tivemos um movimento interrompido em direção à ela, isso se torna um desafio que irradia para muitas áreas da vida, e claro, também para a parte profissional, diz
Bert Hellinger(Teólogo -Filósofo -Pedagogo e Psicoterapeuta da Alemanha 🇩🇪 ) Dúvidas contate-nos (16)98262-1000 Geraldo Martelli ( Terapeuta Sistêmico) Com estudos na Hellinger Schule 🇧🇷🇩🇪.
Sobre as mães que foram difíceis
É possível encontrar familias onde a mãe tem posturas que julgamos como erradas, fora do normal. Dar seus filhos em adoção é um exemplo, ou mesmo quando as mães são cruéis com seus filhos, negando a eles afeto ou sendo muito duras com eles.
Estes casos são realmente muito dolorosos e marcam a existência do filhos, com certeza. Nós olhamos para estas mães que não foram capazes de amar, como pessoas que um dia foram crianças e que, com certeza, passaram por momentos de grande dor e dificuldade.
Isso não significa que não olhamos para o que houve. Mas sim que a honramos quando deixamos com ela todas as consequências sobre aquilo que ela foi e nos liberamos. Quando podemos olhar para esta mãe deste lugar, poderemos tomar a força que vem dela e, apesar de ela não ter conseguido construir vínculos de afeto, nós podemos nos liberar para fazer diferente dela com as pessoas que amamos.
E o que significa deixar com a mãe as consequências sobre aquilo que ela foi? Significa abrir mão de julgá-la, abrir mão de acusá-la…deixar com ela a responsabilidade sobre as escolhas dela é um grande respeito e, desta forma, podemos talvez nos autorizar a fazer diferente daquilo que foi difícil para nós em relação a nossa mãe. Talvez.
Há um texto de Hellinger sobre isso:
“Muitos que reclamam dos seus pais olham para questões secundárias e não para o essencial. Assim perdem o essencial. Em todas as situações onde alguém critica seus pais está diminuindo o essencial dentro de si. Fica mais estreito, menor, limitado. Quanto mais o fizer, mais limitado fica. Ao contrário, se alguém olha para o essencial e toma a vida em sua plenitude e pelo preço total que custou aos seus pais e que lhe custa, essa pessoa pode enfrentar todas as situações.” Bert Hellinger
Sim, é isso mesmo, enquanto nós temos reivindicações e julgamentos aos nossos pais, podemos ficar impedidos de chegar ao nosso sucesso.
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Geraldo Martelli
Terapeuta Sistêmico com estudos na Hellinger Sciencia.