sexta-feira, 22, novembro, 2024

Painel Político de quarta-feira, 25 de setembro

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Articulação

Corre pelos corredores da cidade, e a boca miúda, a informação de que estaria em pleno curso uma articulação de bastidores envolvendo três ex-vereadores, hoje líderes em seus respectivos partidos, já com vistas ao pleito de 2020. A conversa tripla envolveria Edna Martins, do PSDB, Dr. Lapena, do Patriotas e Aluizio Bráz, o Boi, do MDB. A costura ainda estaria em momento embrionário, mas o simples fato de se comentar pelos corredores do poder sobre a possível existência da conversa já é algo que chama a atenção.

Nome do governador

Nome preferido do governador João Dória para a disputa da Prefeitura de Araraquara em 2020, Edna Martins já ouviu muita gente falar na necessidade de se construir uma frente de oposição na cidade para enfrentar o atual prefeito Edinho Silva com chances de vitória. Quem falou sobre o assunto ainda recentemente, e com bastante ênfase, foi o líder maior do MDB local, Marcelo Barbieri. O ex-prefeito, aliás, não escondeu de ninguém o fato de ter abordado o presidente estadual do PSDB, o ex-deputado Marcos Vinholi, sobre o assunto. Para ele, se Dória quiser vencer em Araraquara será preciso agregar o partido a tal frente de oposição, caso contrário, o risco de derrota seria enorme.

Bons companheiros

Companheiros de Câmara Municipal em outros tempos, Edna, Lapena e Boi sempre tiveram boa relação política. Boi e Lapena foram parceiros de G5, o grupo de cinco vereadores criado em 2010 que lançou o emedebista na disputa da presidência da Câmara e alavancou sua carreira política. Já a parceria entre Edna e Boi aconteceu em 2014, quando a líder do PSDB se candidatou a deputada pelo PV e foi apoiada pelo ex-presidente da Câmara. Boi queria o apoio de Edna no pleito de 2016. Naquele pleito a união contra Edinho não se fez. Ao contrário, foi todo mundo (Edna Martins, Boi, Nino Mengatti, João Farias, além de Célio Peliciari) para a disputa.

Aqui, não teve para ninguém

Pior momento da história do PT desde sua fundação em 1980, o ano de 2016 foi trágico para a agremiação sob o ponto de vista político. O gigante perdeu Prefeituras e cadeiras nas Câmaras Municipais por todo o País, e a maior dificuldade para os candidatos petistas naquele momento foi o pesado fardo de carregar o nome do partido durante o pleito. Não foram poucos os que deixaram a sigla na tentativa de sobreviver politicamente. Em Araraquara foi diferente. Edinho foi para a disputa, e apesar de todos os percalços do momento, venceu.

Estiveram no palácio 9 de julho

Agitados, os bastidores políticos da cidade informam sobre grande movimentação por parte do antigo grupo do PSL local. Segundo as fontes, a turma estaria de malas prontas para desembarcar do PSC, do Maestro Cherem. As informações dão conta de que foram várias as conversas entre as partes nos últimos tempos, incluindo aí pelo menos uma viagem para a Assembleia Legislativa, onde Cherem e representantes do grupo teriam se reunido com lideranças estaduais do PSC na costura para o ingresso de todos no partido.

Paninhos separados?

A última “tacada” no sentido de juntar os paninhos dos citados grupos, teria sido uma reunião levada a efeito no último sábado nas dependências da antiga sede do PSL. Naquela ocasião, os presentes teriam discutido a viabilidade de aderir ao PSC, suas consequências e até onde iria o poder de decisão do grupo no novo partido. Tudo parecia bem encaminhado e os bastidores, ao menos até a última segunda-feira, 23, davam como certa a ida do grupo para o partido do maestro. Então, dizem os bastidores, olharam para a cima e a nuvem já não estava mais lá….

Incompatibilidade

Há uma máxima da política de que ela é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Você olha de novo e ela já mudou. E de acordo com as últimas informações dos corredores, o suco que vinha sendo preparado pela “turma do antigo PSL” e pelo “PSC, de Cherem”, teria ficado tempo demais no liquidificador e azedado. Parece não ter havido “compatibilidade total” entre as partes e, por isso, a nuvem teria passado. Isso, porém, não significa que os grupos tenham se divorciado. Eles até podem não dormir na mesma cama, mas não teriam rompido a relação.

É no DEM

O fato é que as malas da turma estão prontas desde quando todos saíram do PSL. O que faltou ao grupo, ao menos até aqui, foi um partido que eles possam chamar de seu. E a notícia, agora, é que essa saga pode estar acabando, e a “turma do antigo PSL” estaria desembarcando nos próximos dias no DEM, partido citado publicamente pela cidade como tendo na sua presidência Leandro Cortez Urso, antigo aliado de Marcelo Barbieri na cidade. No perfil de Urso, aliás, está escrito que ele ocupa o posto desde 2018.

Sem pai nem mãe?

Diante das últimas notícias, e até para checar a atual situação do DEM em Araraquara, a coluna acessou o Portal da Justiça Eleitoral. Lá, a informação é de que a Comissão Provisória do partido foi destituída na cidade, e que a situação da agremiação ainda não foi regularizada. Aliás, não são poucas as agremiações locais que se encontram assim, sem pai nem mãe. Isso, claro, é passageiro e deve ser resolvido muito em breve, ou assim que as costuras para 2020 estiverem devidamente fechadas. Logo depois disso haverá uma avalanche de nominatas publicadas do Portal do TRE-SP, a maior parte delas lideradas por gente ligada a esse, ou a aquele grupo político local.

Desenlace anunciado

Ainda sobre o assunto, há realmente alguma “boa nova” a ser anunciada pela “antiga turma do PSL” nos próximos dias. E isso já está nas redes sociais, onde postagens tratam de preparar o espírito dos seguidores para “uma grande novidade a nível estadual e municipal” que estaria para “explodir” logo, logo. Uma das postagens traz até uma possível data para o desenlace. Os bastidores, na verdade, já falaram sobre uma aproximação do grupo com o PRTB, com o PSC, e agora a aposta é no DEM. Falam ainda que os três partidos seguirão juntos e irmanados para as urnas de 2020. É esperar para ver…

Não conversou

Amigo do Major Mecca, deputado estadual pelo PSL, o Coronel Prado, citado como prefeiturável já há alguns meses em Araraquara, ainda não é um nome descartado pelo PSL local. Consultado pela coluna na manhã de ontem, o presidente do partido, Rodrigo Ribeiro, afirmou não ter conversado com o Coronel a respeito do assunto, mas disse ter as portas da agremiação abertas ao militar. Rodrigo disse, entre outras coisas, que as portas estão abertas a todos que se somarem ao projeto do presidente Bolsonaro, mas repetiu que seu grupo ainda não fechou questão sobre lançar candidato ao Paço Municipal em 2020. “Ainda não tratamos disso”, falou.

Costuras públicas

As costuras públicas, porque o assunto é tratado nas redes sociais abertamente há tempos, para se lançar uma chapa Lapena X Coronel Prado, ou Coronel Prado X Lapena, parecem ainda seguir em frente, pelo menos entre os apoiadores dos dois. A ideia original era ter os dois juntos ainda no tempo em que parte do grupo ainda estava no PSL. Agora sob as asas de Rodrigo Ribeiro, a dobradinha parece inviável, posto que Rodrigo Ribeiro, o novo presidente do partido bolsonarista, já adiantou que não apoia Lapena. O jovem não disse o mesmo sobre o Coronel, que por sua vez parece distante do partido de Bolsonaro. Ainda é muito cedo para se falar sobre uma chapa, mas o que parece, mesmo, é que se a união entre os dois nomes sair do papel, não teria, certamente, o apoio do partido do presidente, que, afinal é quem tem recursos e tamanho para entrar na briga o ano que. Seria o tal F1 de que falamos….

Mas, tudo pode mudar!

O único senão na tese acima seria se acabasse materializada a informação de que o presidente Bolsonaro poderia desembarcar, ainda antes das eleições do ano que vem, e levando todos os bolsonaristas (leia-se Movimento Conservador e ademais) na bagagem, no Patriotas. Se isso vier a acontecer muda tudo. Inclusive porque Bolsonaro e seu grupo de confiança exigem comandar os destinos da agremiação e não abrem mão disso em lugar nenhum do País.

Quem apagaria a luz?

Ainda sobre o tema, o deputado Bibo Nunes, do PSL do Rio Grande do Sul, afirmou ontem que conversou sobre o “assunto Patriotas” com o presidente Bolsonaro na semana passada. Nunes, que está de saída do PSL justamente para ingressar no Patriotas, garantiu que Bolsonaro, logo, logo estará fazendo o mesmo caminho. Se isso se confirmar, o presidente levaria com ele um grande número de deputados, o que mudaria o perfil e o status da agremiação.

Em Brasília

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Araraquara (ACIA), José Janone Júnior, esteve ontem em Brasília integrando uma comitiva de empresários ligados ao setor de internet que foi recebida ministro-chefe da Casa Civil, Onix Lorenzoni. Os empresários foram pedir ao ministro que interceda junto ao presidente Bolsobaro para que ele vete dois pontos do projeto de lei Complementar 79, que trata da transferência de bens imobilizados para as empresas gigantes de telefonia e internet do país. Os citados bens, são os prédios públicos cedidos por empréstimo pelo Governo para as empresas de telefonia, como o antigo prédio da Telefônica, localizado na Avenida Duque de Caxias, entre as ruas 3 e 4.

Desemprego e falências

A reclamação dos empresários, todos eles de pequenos provedores de internet, refere-se ao que eles chamam de injusta situação causada pelo projeto de lei. De acordo com eles, que juntos são a segunda maior operadora de telefonia e internet do Brasil – a primeira é a Claro, e a Vivo a terceira -, a doação dos imóveis causaria um grande desequilíbrio de forças no mercado, beneficiando grandemente as grandes operadoras, que poderiam usá-los como garantia para levantar dinheiro no mercado financeiro e ampliar suas ações na área de telefonia e internet. “Trata-se de bens públicos que seriam doados as grandes empresas do setor. Isso vai gerar desemprego e a fechamento de muitos dos pequenos provedores, que hoje, juntos, empregam mais que os grandes”, explicou Janone.

 

José Janone Júnior integrou comitiva recebida ontem, pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onix Lorenzoni

 

Marcos Vinholi, Roberto Massafera, Rodrigo Garcia e Edna Mertins em recente evento na cidade
Redação

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