sexta-feira, 22, novembro, 2024

Painel Político de segunda-feira, 23 de setembro

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Eduardo Bolsonaro em Araraquara

O evento em comemoração aos dois anos de fundação do Movimento conservador Araraquara pode contar com uma ilustre presença: Eduardo Bolsonaro. Deputado federal mais votado da história do País, com 1.843.735 votos na eleição de 2018, o filho do presidente Bolsonaro assumiu o comando do PSL no estado, e tem em Araraquara o jovem Rodrigo Ribeiro como seu homem de confiança. O evento pelos dois anos do Movimento conservador, que nasceu em Araraquara ainda sob a denominação Direita São Paulo, acontece no próximo dia 19 de outubro.

Juntos em Rio Claro

Coordenador estadual do Movimento Conservador, Rodrigo organizou e lançou há poucos dias o órgão de Rio Claro. Bastante prestigiada, a cerimônia contou com a presença de Eduardo Bolsonaro. Homens de confiança do deputado federal no estado também se fizeram presentes, o que representou, na prática, um sinal inequívoco de que o grupo é a “menina dos olhos” do Bolsonarismo na atualidade. Ou seja: o PSL pode até ser o partido oficial do presidente, mas os bolsonaristas investem pesado, mesmo, é no crescimento do Movimento Conservador.

Elogiado

Bastante elogiado pela cúpula estadual do PSL, hoje nas mãos de Eduardo Bolsonaro e seus homens de confiança – leia-se Gil Diniz, Paulo Eduardo e Edson Salomão -, o último, líder maior do Movimento conservador no País, Rodrigo Ribeiro comanda as ações do movimento em boa parte do estado de São Paulo. Cidades como Rio Claro, Limeira, São Carlos e Bauru, por exemplo, estão sob sua responsabilidade, e ele vem montando, ou trabalhando pelo fortalecimento do órgão em todas elas. O poder de iniciativa do jovem araraquarense vem chamando a atenção dos homens fortes do bolsonarismo no estado, e a presença de Eduardo Bolsonaro no evento de Rio Claro foi uma demonstração clara do respeito e da força política que o rapaz tem hoje em dia.

Maior evento conservador do mundo no Brasil

Organizada pela primeira vez no ano de 1973, nos EUA, a Conservative Political Action Conference (CPAC) terá sua primeira edição no Brasil este ano. Realizada pelos conservadores dos Estados Unidos, o evento reúne naquele País em média 10 mil participantes por edição. São importantes personalidades das mais diferentes correntes do movimento conservador norte-americano, alguns com cargos eletivos, outros militantes de base, ou mesmo dirigentes de organizações diversas. Autoridades como Ronald Reagan e Donald Trump já participaram do evento.

Acontece em outubro

Previsto para 1,2 mil pessoas, o CPAC Brasil ocorrerá em São Paulo nos dias 11 e 12 de outubro. As inscrições, que são gratuitas, foram abertas no último dia 18, quarta-feira no site: www.cpacbrasil.com. De acordo com o informado no endereço eletrônico o evento já é considerado sucesso de público, pois teria alcançado em menos de dois dias o número máximo de inscrições previstas. Na parte de baixo do site, porém, ainda é possível se inscrever para uma Lista de espera. O texto não promete, mas também não descarta a presença da pessoa que vier a se inscrever. Ele diz: “Você poderá inscrever-se na lista de espera para que, em até 7 dias do evento, confirmemos a sua participação”.

Bolsonaro é esperado

Estão confirmadas no CPAC Brasil as presenças de palestrantes americanos e brasileiros, como Matt Schlapp, ativista político americano, presidente da União Conservadora Americana, de Kassy Dillon, Fundadora do Movimento Estudantil Lone Conservative, do Deputado Eduardo Bolsonaro, organizador do evento no Brasil, do Deputado Luiz Phillippe de Orleans e Bragança, do Youtuber Nando Moura, do Professor e historiador Rafael Nogueira que na manhã do sábado (12) irá contar a história do conservadorismo no Brasil. O Presidente Jair Bolsonaro é esperado no evento.

Resposta conservadora

Organizador do evento no Brasil, Eduardo Bolsonaro pretende transformar o CPAC em uma referência para os conservadores da América Latina, tal como outrora fez o PT, que organizou e realizou no País eventos voltados aos governos de esquerda da região. A “resposta” da direita brasileira aos movimentos de esquerda não param por aí, e vai além do que se imagina. Determinado a dar voz e ampliar ao máximo no Brasil os movimentos conservadores, Eduardo apresenta o evento uma iniciativa de fundo sociocultural. “Em um país onde as principais esferas socioculturais se mostram dominadas pela esquerda, se faz muito importante pensar e discutir o conservadorismo. É com este objetivo que o CPAC chega ao Brasil”, diz o site.

Bolsonarismo em marcha

Decidido a fazer a diferença, Eduardo já declarou publicamente que pretende prestigiar e comparecer pessoalmente aos eventos do Movimento Conservador, de Edson Salomão, por todo o País. Ou seja: como antecipado pela coluna há dias, o bolsonarismo está em plena marcha por todo o Brasil e, pode-se dizer com segurança, que o movimento bolsonarista atende também por outro nome: Movimento Conservador, agora também de Eduardo Bolsonaro, Rodrigo Ribeiro, Gil Diniz, Olavo de Carvalho. Olavo, por sinal, já vem defendendo nas redes sociais que “todos se somem ao presidente Bolsonaro e suas ideias na marcha para salvar o País”.

Cavalo de pau

As últimas ações públicas de todo o grupo de confiança dos Bolsonaro, incluindo aí as falas de Olavo de Carvalho escancaram publicamente as diferenças entre os bolsonaristas e o PSL, partido que abriga todos eles, e pelo qual o presidente Jair Bolsonaro se elegeu em 2018. Fala-se nos bastidores que a briga toda a acontece porque o presidente nacional da legenda, Luciano Bivar, mudou drasticamente sua conduta depois da vitória presidencial, protagonizando um autêntico “cavalo de pau”, o que na política causa estranheza e gera reações.

Palavras ao vento

Antes um partido nanico e de aluguel, o PSL foi guindado pela onda Bolsonaro ao maior partido do País em número de cadeiras na Câmara dos deputados, ao lado do PT. Isso teria subido a cabeça de Bivar, que se antes da filiação de Jair Bolsonaro, teria se comprometido a entregar os destinos da agremiação ao grupo do, hoje, presidente, depois do pleito não cumpriu o acordo. Ao contrário! Fomentou um racha. As últimas atitudes e declarações do senador Major Olímpio, que logo após perder o controle do partido em São Paulo chegou a falar em sair do PSL, são uma clara demonstração desse racha. Olímpio, agora, convida publicamente o filho do presidente, Flávio Bolsonaro a sair do partido.

Reação

A resposta do clã não poderia ser mais objetiva: eles dominaram o PSL em São Paulo, não arredam pé, mas o que se vê efetivamente é eles se organizarem no interior do Movimento Conservador e nas redes sociais, sempre fomentando o fortalecimento do bolsonarismo, e não do PSL como partido. Ou seja: o grupo se prepara, sim, para os embates que vierem pela frente, mas não se preocupam em fazer acordos, em abrir mão disso ou daquilo, ou seja, lá o que for. Eles tratam de trabalhar pelo bolsonarismo e jogam pesado nessa disputa, abrindo as portas até mesmo para um rompimento, se for ocaso. Isso pode acontecer? Até pode, mas a condição seria a mesma: para onde forem, os bolsonaristas querem ter o controle.

Não tem acordo

A situação atual do bolsonarismo ilustra bem o que acontece com o PSL em Araraquara. Com foco total no fortalecimento do movimento de apoio ao presidente e, consequentemente na ampliação das ações do Movimento Conservador na região e pelo interior paulista, Rodrigo Ribeiro e seu grupo de confiança ainda não encontraram um nome que eles considerem de direita, e de consenso para a disputa de 2020. Rodrigo afirmou à coluna Painel que não vê no nome do ex-vereador Dr. Lapena alguém comprometido com as causas conservadoras. “O Lapena é de esquerda e não tem identidade conosco. Isso já está fechado. Não tem acordo”, disse.

Redação

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