Na manhã dessa segunda-feira, policiais civis de Barretos e promotores do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) desencadearam a segunda fase da Operação Partilha, que investiga fraudes de cerca R$ 10 milhões ocorridas em pagamentos de servidores na Prefeitura de Barretos.
Pela manhã, foram presos o chefe do Departamento de Trânsito da Prefeitura, além de duas ex-servidoras que trabalharam no Gabinete do vice-prefeito e um funcionário terceirizado, que atuava na Secretaria de Administração do município. Mais tarde, o chefe do Departamento de Recursos Humanos foi preso em Bertioga onde passava férias com a família por policiais da Delegacia Seccional de Santos.
Ainda foram apreendidos quatro veículos de luxo, pertencentes aos investigados, além de celular, computadores e documentos relacionados aos fatos.
As investigações apontam que servidores públicos eram convidados a participar do esquema criminoso e, se aceitassem, passavam a receber indevidamente entre R$ 2 a R$ 11 mil mensais a mais em seus salários. Depois disso, estes servidores sacavam parte do valor e devolviam a ex-secretária, em espécie. O nome da operação remete à divisão dos valores recebidos pelos funcionários com a ex-secretária.
O esquema perdurou por mais de um ano.
Durante as investigações, apurou-se que a ex-secretária, com auxílio de seu esposo, tentava se desfazer de parte de seu patrimônio obtido ilicitamente, o que motivou a decretação da prisão preventiva de ambos pela Justiça. A ex-secretária e seu marido foram presos no mês passado e, atualmente, se encontram em prisão domiciliar por determinação do Tribunal de Justiça.
Em decorrência das investigações, o Ministério Público ofereceu denúncia contra nove pessoas por integrarem organização criminosa.