Braço de Palocci
A Operação Lava Jato já tem os registros oficiais das “visitas” que Branislav Kontic, o ex-braço direito do ex-ministro Antonio Palocci, fez à Odebrecht, em 2014. “Brani” – como é conhecido – é apontado como o homem que sacava propina em espécie na sede da empreiteira, em São Paulo.
São seis registros de entrada e saída de Brani na empresa no mesmo ano em que a Lava Jato foi deflagrada. Só os dois primeiros, em 8 de janeiro, são anteriores à deflagração das investigações, em 17 de março.
No dia 8, Branislav entrou com um crachá de “visitante” às 11h50 e saiu às 12h08. No mesmo dia, ele entrou às 14h50 e saiu às 15h08, desta vez com um crachá de “parceiro”. As outras “visitas” são nos dias 24 de abril, 12 de maio e 27 de agosto.
Risco nas eleições
As Forças Armadas vão atuar durante as eleições em 510 localidades de 12 Estados do País, mas veem risco em dois deles, Rio de Janeiro e Fortaleza, como consequência da crise regional na segurança pública e da ação do crime organizado. Outro braço do processo de garantia do ciclo de votação, a Polícia Federal (PF) identificou também em São Paulo a possibilidade de haver choques diretos entre grupos de apoiadores dos candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). O risco é avaliado na condição dois, em uma escala de quatro.
O Ministério da Defesa montou uma operação nacional de Garantia do Voto e da Apuração (GVA) destinada a assegurar o acesso dos eleitores aos locais de votação e o funcionamento, sem constrangimento, das seções coletoras.
Gilmar “Solta” Mendes
O ministro Gilmar Mendes (STF) mandou soltar João Chiminazzo Neto, diretor regional da Associação Brasileira de Concessões Rodoviárias (ABCR), e o advogado João Marafon Júnior.
Eles tinham sido presos preventivamente na Operação Integração II, como foi batizada a 55ª fase da Operação Lava Jato. Chiminazzo é apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como operador do esquema investigado no chamado Anel da Integração do Paraná.
Mais cedo, na sexta, o ministro já tinha mandado soltar Pepe Richa, irmão do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), e outros sete presos na operação.
Gilmar considerou os mesmos argumentos que usou para soltar Beto Richa na Operação Rádio Patrulha, que apura crimes em licitações para a recuperação de estradas rurais no Paraná, e que foram usados também para soltar Pepe Richa e os outros.