Coisa ruim e pior
O candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, afirmou que se considera a alternativa para evitar a polarização entre os líderes nas pesquisas de intenção de voto para o Planalto, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Após criticar os dois adversários, o pedetista também disse que tentará “virar” o cenário da eleição a partir de Minas Gerais.
“Eu estou trabalhando para mostrar que não precisa votar no coisa ruim ou no coisa pior só porque não tem alternativa. Tenho ficha limpa, tenho boas propostas, tenho experiência, capacidade de dialogar”, disse Ciro em Belo Horizonte, após conceder entrevista à Rádio Itatiaia. O pedetista chamou Bolsonaro de “extremista militar” e o PT de “organização que passou a abusar do poder”, mas sem mencionar diretamente candidato do partido.
Na pesquisa Ibope divulgada nessa segunda-feira (1º), o pedetista se manteve na terceira colocação, com 11% das intenções de voto. Na liderança, Bolsonaro chegou a 31%, e Haddad atingiu 21%.
Presidiários em luta
O termo número 1 de sua delação premiada, o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma) afirmou que “houve desonestidade em toda a estrutura do PT e dentre todas suas lideranças”. Em 12 páginas, Palocci descreveu como era feito o “loteamento de cargos na Petrobras e sua utilização pelo governo federal para prática de crimes”.
Parte da delação de Palocci foi tornada pública nessa segunda-feira (1º), pelo juiz Sérgio Moro, da Operação Lava Jato. Moro anotou que não vê “riscos às investigações”. Palocci está preso desde setembro de 2016, quando foi pego na Operação Omertà, desdobramento da Lava Jato. O juiz o condenou em uma primeira ação penal a 12 anos e dois meses de reclusão.
O termo número 1 de colaboração do ex-ministro foi anexado à mesma ação penal em que ele confessou crimes pela primeira vez. O processo se refere a supostas propinas de R$ 12,5 milhões da Odebrecht.
Mourão o indomável
O general Hamilton Mourão (PRTB), vice na chapa do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), voltou a criticar o 13º salário nessa terça-feira (2).
“O 13º eu simplesmente disse que tem que ter planejamento, entendimento de que é um custo. Na realidade, se você for olhar, seu empregador te paga 1/12 a menos [por mês]. No final do ano, ele te devolve esse salário. E o governo, o que faz? Aumenta o imposto para pagar o meu. No final das contas, todos saímos prejudicados”, disse o general no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Ele ficará na cidade até quinta-feira (4), gravando propagandas eleitorais com candidatos do PRTB.
Em palestra no Rio Grande do Sul na semana passada, ele chamou o 13º de “jabuticaba brasileira”, uma “mochila nas costas dos empresários” e “uma visão social com o chapéu dos outros”.
Após sua primeira crítica ao 13º, Mourão foi duramente repreendido por Bolsonaro, que pediu que ele ficasse “quieto” porque estava “atrapalhando”.