sábado, 23, novembro, 2024

Quebra queixo Nova ditadura

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Nova ditadura

O Datafolha mostra ainda que a expectativa de uma nova ditadura no Brasil cresceu. Os eleitores que declararam haver essa possibilidade cresceu 11 pontos em comparação com a pesquisa de fevereiro de 2014. O índice, antes de 39%, agora é de 50%. Rechaçam esse horizonte 42% dos eleitores, antes eram 51%. As mulheres (55%) e os mais jovens (59%) declaram mais essa percepção do que os homens (45%) e os mais velhos (47%). Também os menos instruídos (54%) e os mais pobres (57%) desconfiam mais de uma mudança de regime do que os mais instruídos (43%) e mais ricos 38%). Entre eleitores de Fernando Haddad (PT), 75% dizem que existe a possibilidade de o Brasil voltar a ser uma ditadura. Entre os que votam em Jair Bolsonaro (PSL), 65% descartam essa hipótese. Passados 33 anos, o legado da ditadura militar divide os brasileiros. Para 51%, as realizações foram mais negativas do que positivas – eram 46% em 2014. Para 32%, o saldo é positivo – eram 22%. Não opinaram 17%, antes 32%.

A censura a jornais, rádios e TV imposta pelo governo também ganhou adeptos. Eram 13% dos brasileiros, hoje são 23%. Discordam 72% – oito pontos a menos do que na pesquisa anterior. O Executivo deve poder fechar o Congresso Nacional para 21% da população. O índice era 14% em 2008 e 19% em 2014. Rejeitam essa prerrogativa 71%. Ficaram estáveis os índices que medem a opinião da população sobre tortura e proibição de greves. Se hoje 80% discordam que o governo possa usar de violência para tentar obter confissões e informações de suspeitos e 16% concordam, antes eram 78% e 14%, respectivamente. Já quanto à coibição de greves, 72% são contra e 24%, a favor. Eram em 2014 72% e 22%. Uma parcela de 52% dos brasileiros não acha que o governo brasileiro deva ter o direito de controlar o conteúdo nas redes sociais e 43% admite a possibilidade. O levantamento foi feito em 17 e 18 de outubro, com 9.137 entrevistas presenciais em 341 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95% – essa é a chance de o resultado retratar a realidade. Contratada pela Folha e a TV Globo, a pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR 07528/2018.

Redação

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