A Secretaria Municipal da Educação, por meio de recursos próprios, adquiriu 1.400 computadores e 1.419 notebooks para todos os professores efetivos das 15 escolas de Ensino Fundamental, do Núcleo de Educação de Jovens e Adultos (EJA), dos 6 Centros de Educação Integral, do Centro de Atendimento Educacional Especializado (CAEE) e dos 47 Centros de Educação e Recreação (CERs). Além disso, as 329 salas de aulas das unidades de Ensino Fundamental e Centros de Educação Integral foram equipadas com SmarTVs de 55polegadas e Ensino Fundamental também recebeu 832 tablets com capas giratórias e fones de ouvido para estudantes e professores.
Todos estes equipamentos dentro das escolas exigiram que a infraestrutura de rede também tivesse melhorias. A Secretaria de Educação investiu na ampliação da cobertura de Wi-Fi e no cabeamento em todas as unidades, com a aquisição de aproximadamente 350 acess point, mais de 40 switchs gerenciáveis e cabos de rede e computadores servidores.
Dessa forma, a tecnologia passou a fazer parte do cotidiano das escolas de Ensino Fundamental e Integral da Rede Municipal de Educação de Araraquara com a aquisição de equipamentos para a otimizar o processo de ensino e aprendizagem e atender às diretrizes para a implementação de um currículo alinhado às novas competências trazidas pela BNCC (Base Nacional Comum Curricular).
Os investimentos em equipamentos e infraestrutura para as escolas da rede municipal, desde 2022, foram necessários e mesmo pré-requisitos para que fosse possível buscar as outras dimensões das tecnologias na educação, dimensões estas onde de fato ocorrem as mudanças no processo de ensino e aprendizagem.
Estamos falando das tecnologias do ensino, como as plataformas digitais voltadas aos componentes curriculares, dos ambientes digitais de leitura, dos repositórios de objetos digitais de aprendizagem, dos simuladores, dos vídeos e dos jogos educativos e, por fim, das tecnologias de criação e experimentação, ancoradas numa perspectiva de metodologias ativas de aprendizagem, como por exemplo, os laboratórios makers, presentes em duas unidades escolares municipais.
Hoje, a tecnologia é uma realidade na Rede Municipal de Educação de Araraquara, que já começa a colher os frutos dos investimentos: a tecnologia sendo usada de modo significativo, com intencionalidade pedagógica, com objetivos curriculares e, por consequência, com objetivos de cidadania.
Um destes frutos vem com a Plataforma Elefante Letrado, um ambiente digital que tem como objetivos favorecer a formação de hábito da leitura e promover desenvolvimento da compreensão leitora dos estudantes de 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental. Desde agosto deste ano, quase 5.3 mil alunos fazem uso da plataforma, tanto nos computadores dos laboratórios de informática, quanto nos tablets, que conta com um acervo de milhares de livros com mais de 20 gêneros literários, jogos e atividades de compreensão leitora, gravação de áudio da leitura dos estudantes e relatórios da aprendizagem para os professores.
Em apenas três meses de uso, a primeira análise de resultados aponta benefícios significativos para a formação do hábito da leitura e avanços significativos na fluência leitora dos estudantes. De agosto a novembro, os 5.299 estudantes que acessam a plataforma nas 15 escolas de ensino fundamental do município já leram 65.859 livros; uma medida de 15,85 livros lidos por estudante em 90 dias e um engajamento de 78%. Com base nas evidências coletadas, educadores podem analisar e reorganizar o processo de desenvolvimento em leitura e, assim, complementar suas práticas pedagógicas.
“A implementação deste recurso representa não apenas um avanço significativo no processo de ensino e aprendizagem, mas, além disso, a oportunidade de acesso a obras literárias de qualidade para nossas crianças”, diz a secretária da Educação, Clélia Mara dos Santos.
Ainda reforça Clélia Mara da importância dos gestores públicos em garantir investimentos em equipamentos e infraestrutura de rede, em plataformas relevantes para o ensino e aprendizagem e em formação de professoras e professores para que explorem todo o potencial que as tecnologias trazem para o campo da Educação, isto não significa abrir mão da leitura, do livro, mas sim de ofertar para as e os estudantes da escola pública, especialmente os mais vulneráveis, a possibilidade de aprender usando as tecnologias e recursos digitais que não estão disponíveis no seu cotidiano.