terça-feira, 19, novembro, 2024

Capa da Revista “Careta” de junho de 1922. 96 anos se passaram e nada mudou na História do Brasil

Redação

José A C Silva O nosso amigo e colaborador Tito Casoni enviou ao jornal O Imparcial a capa da revista Careta de junho de 1922, que mostra que 96 anos se passaram e nada mudou. A Careta, no período de Artur da Silva Bernardes, fez inúmeras publicações mostrando as mazelas (problemas sociais) do Brasil. Ele foi um advogado e político brasileiro, presidente de Minas Gerais de 1918 a 1922 e presidente do Brasil entre 15 de novembro de 1922 e 15 de novembro de 1926. Seus seguidores foram chamados de “bernardistas”. Durante o período correspondente ao Estado Novo (1937 a 1945) uma série de aparatos institucionais de controle e repressão – já esboçados desde o início da década de trinta – foram aperfeiçoados, sendo a imprensa um dos principais alvos do novo regime, inclusive em 1930, durante a Revolução comandada por Getúlio Vargas, o jornal Popular foi empastelado, mas a saga de Antônio Corrêa da Silva continuou e, em 25 de janeiro de 1931, o jornalista fundou O Imparcial. Várias teses de doutorados foram realizadas em cima do conteúdo da revista Careta. Ao admitir como verdadeiro o caráter pedagógico das imagens de humor, bem como suas potencialidades para veiculação de posicionamentos críticos, o discurso oficial chegou a decretar a “morte” da caricatura política no período, sob a justificativa de identificação plena entre as propostas estatais e os anseios da população. Em meio ao cerco estabelecido à produção humorística brasileira, a revista carioca Careta representou a sobrevivência da verve crítica na imprensa, pois retratava diversas cenas da vida política e social por meio de boa dose de irreverência e criatividade. A revista ilustrada semanal fundada por Jorge Schmidt na cidade do Rio de Janeiro, então Distrito Federal, em 6 de junho de 1908, e extinta em novembro de 1960.
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