José Augusto Chrispim
Neste dia 21 de março, Américo Brasiliense comemora seus 57 anos de emancipação. De antigo distrito de Araraquara, a “Cidade Doçura” como é conhecida, se transformou nas últimas décadas em um importante município gerador de empregos e formador de mão-de-obra qualificada tanto na indústria como no campo com a crescente mecanização das colheitas de cana-de-açúcar, entre outras atividades industriais.
Localização estratégica
Américo Brasiliense está localizada numa região estratégica, de fácil escoamento de produtos, próxima a grandes centros como Araraquara (7km), São Carlos (57km), Ribeirão Preto (80km), São José do Rio Preto (180km) e da Capital (260km). Possuí área territorial de 123,429 km², localiza-se na região central do Estado de São Paulo, fazendo divisa com Araraquara, São Carlos e Santa Lúcia.
Com clima da subtropical, Américo é uma das cidades mais ricas em minas de água do estado de São Paulo; no total são 25 nascentes.
Na cidade estão instalados importantes expoentes de saúde, como o Hospital Estadual de Américo Brasiliense (HEAB) que atende pacientes de toda a microrregião de Araraquara e também a Fábrica de Remédios do Governo do Estado (Furp).
Poder Executivo
O atual prefeito de Américo Brasiliense é Dirceu Brás Pano (PSDB) e o vice-prefeito é o ex-vereador Luzimar Alves dos Santos, o Baianinho (PL).
Poder Legislativo
A Câmara Municipal é formada pelos vereadores abaixo:
José Roberto de Andrade – presidente
Silas Fernandes Pinto – vice- presidente
Zelia do Carmo Gracindo – 1º secretário
Valdeir Bezerra da Silva – 2º secretário
Alcides Luís Carvalho
Aldevam Lima Araújo
Diego Rodrigues de Souza
José Mário Silva dos Anjos
José Roberto de Andrade
Leandro Henrique Moralles
Maicon Rios de Souza
Marly Luzia Held Pavão
Roberto Rodrigues Job
Trajano de Oliveira Filho
Um pouco da história
A história do município de Américo Brasiliense começou em 1854, quando as famílias Xavier Machado e Martiniano de Oliveira iniciaram naquela região a cultura de café. A primeira família, Xavier Machado, se estabeleceu na sesmaria de Rancho Queimado e a segunda, Martiniano de Oliveira, na sesmaria de Cruzes.
Com a construção das primeiras casas do povoado pela família de Manuel Antônio Borba e pela iniciativa do Coronel Antônio de Toledo Pizza, foi elevado a distrito do município de Araraquara em 1922, com o nome de Américo Brasiliense, homenageando o paulista Américo Brasiliense de Almeida e Melo, republicano e abolicionista, presidente do estado da Paraíba e do Rio de Janeiro e governador de São Paulo.
Foi a lavoura cafeeira que deu grande impulso à cidade que, desde aquela época, contava com luz elétrica, água encanada, atendimento médico, hotéis, restaurantes, e outros melhoramentos.
A partir de 1930 as sucessivas crises do café provocaram grande retração no seu desenvolvimento, transformando as fazendas em pastagens e causando a migração de famílias para outras cidades. O progresso somente se reiniciou com a instalação de usinas de açúcar e indústrias metalúrgicas, a partir de 1943.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Américo Brasiliense pela Lei Estadual n.º 1878, de 20-11-1922. O distrito de paz de Américo Brasiliense foi instalado por Ata de 21 de fevereiro de 1923 (Boletim do DEE de São Paulo, n.º 8 – agosto – 1943), subordinado ao município de Araraquara.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, Américo Brasiliense figura como distrito do município de Araraquara.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Elevado à categoria de município com a denominação de Américo Brasiliense pela Lei Estadual n.º 8.092, de 28-02-1964, desmembrado do município de Araraquara. Sede no antigo distrito de Américo Brasiliense. Constituído do distrito sede. Instalado em 21-03-1965.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1968, o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2017.
Uma cidade próspera e promissora
Depois de conquistar a autonomia política, Américo Brasiliense cresceu significativamente em todos os setores sociais. Com uma população estagnada até início da década de 80, girando em torno de 12 mil moradores, em 20 anos sua população mais que dobrou. Hoje, são quase 35 mil moradores (senso 2010).
A área de educação o índice de analfabetismo é quase que zero. Todas as escolas estão informatizadas. Todas as crianças são atendidas em creches do município. Na saúde foi construído recentemente uma unidade de saúde para atender toda a comunidade. Toda população é atendida com rede de água e esgoto. As vias do município são de fácil acesso.
Depois de ter passado por uma crise econômica, afetando vários setores de sua economia, em meados da década de 90, hoje o município se recupera e é um dos mais promissores de nossa região.
Quem foi Américo Brasiliense de Almeida Melo
Américo Brasiliense de Almeida e Melo nasceu em Sorocaba/SP, a 8 de agosto de 1833 e morreu no Rio de Janeiro, Guanabara em 25 de março de 1896. Político, jurisconsulto e escritor brasileiro. Abolicionista e republicano. Um dos fundadores da Loja América (organização similar à Maçonaria).
Diplomado em direito pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1855, recebeu o grau de doutor em 1860. Exerceu a advocacia por algum tempo e desempenhou as funções de juiz municipal e de órfãos, em Itapeva. Engressou no Partido Republicano, deixando de lado sua tendência conservadora. Deputado provincial várias vezes, foi nomeado presidente da Paraíba, permanecendo no cargo de 4 de novembro de 1866 até 31 de outubro de 1867. Nesse mesmo ano assumiu uma cadeira na Assembleia Geral. A 10 de março de 1968 assumiu o Governo do Rio de Janeiro, mantendo-se durante 4 meses no posto. Com Luís da Gama, Américo de Campos e outros fundou a Loja América, cuja orientação de certa forma, tinha por base princípios maçônicos. O objetivo dessa entidade estava voltado inteiramente à campanha abolicionista e à divulgação dos ideais republicanos. A partir de 1888 passou a lecionar na Faculdade de Direito de São Paulo. Proclamada a República, teve participação na comissão encarregada de elaborar o projeto da nova constituição. No período de 1891-1892 governou São Paulo. Em 1891 recusou convite para ocupar o Ministério da Fazenda. Em 1894 foi nomeado ministro do Supremo Tribunal. Sua obra versa principalmente, sobre assuntos jurídicos, políticos e históricos: “Os Programas dos Partidos e o Segundo Império”; “Elogios aos Paulistas”; “Exposição de História Pátria”; “Lições de História Pátria”; “Jornal de Terentilho Arsa”.