Araraquara, 208 anos!

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Fabi Virgílio

Jane Jacobs diz: “Cidades monótonas e inertes, é verdade, contêm as sementes de sua própria destruição e pouco mais. Mas cidades vibrantes, diversas e intensas contêm as sementes de sua própria regeneração, com energia suficiente para suprir problemas e necessidades externas a si mesmas”; e é sobre regeneração que Araraquara sempre emerge, mesmo que alguns ainda insistam em querer destruí-la, mas não vão! 

Não há como falar de Araraquara sem lembrarmos daqueles pontos de encontro tão significativos na vida das gentes que habitam nela. Não há de se falar em Araraquara, sem lembrar do Ponto Chic – Vila Xavier, sem falar da quermesse de Santo Antônio, sem falar dos trilhos, da lenda da rua Bento de Barros.

Não há como falar de Araraquara sem tomar sorvete de creme suíço na Sorveteria Kawakami, sem falar do Bar do Zinho, sem falar dos quinze anos de ocupação de espaço público pela cidadania através da Associação dos Amigos da Praça das Bandeiras, que ressignificou o espaço antes conhecido como Cracolândia para o de democratização da arte e impulsionamento do convívio, refazendo a grande função social das praças, nossas Ágoras, que significam “lugares de reunião” ou “assembleias”.

Não há como falar de Araraquara sem falar sobre o patrono da FliSol – Festa Literária da Morada do SOL, Ignácio de Loyola Brandão, que por todo seu trilhar, leva consigo um pedacinho do sol da cidade para fazer brilhar por aí. 

Não há como não lembrar das pinceladas e palavras de Paulo Mascia, que mexem e nos instigam a sempre aprender mais sobre as gentes de nossa cidade.

Não há como não enaltecer Damião, negro escravizado que recebeu a revelação de Nossa Senhora do Carmo invocando: “Faça festa, nosso povo tá morrendo de banzo!”. Damião fez, e até hoje é sequenciada por Costa, que mantém a tradição do Baile do Carmo em pé.

Nossa Araraquara é terra indígena, seu nome inclusive é TUPI e desde então, nossa cidade segue sendo a nossa morada do sol, o nosso amor, a nossa dedicação e compromisso.

Mesmo que alguns ainda queiram fazer de Araraquara uma cidade silêncio, uma cidade sem festa, uma cidade sem encontros, quero dizer que esses passarão, nós, passarinhos. Acreditamos que todo bem viver coletivo de alegrias, convivência, amor e amizade, é o que determina a cidade de agora; e tudo e todo canto em todo tempo, Araraquara deve ser a tônica de nosso contentamento e para isso, não podemos avançar no projeto de destruição que Jane Jacobs dizia: “Cidades monótonas e inertes, é verdade, contêm as sementes de sua própria destruição”, mas sim, “cidades vibrantes, diversas e intensas contêm as sementes de sua própria regeneração”, e o que Araraquara mais sabe fazer é se regenerar!

Viva nossa cidade amada!

Viva toda sua história!

Viva toda nossa gente!

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