Hamilton Mendes – Colaboração
Por mais de 70 anos Araraquara conviveu com o córrego da servidão atravessando a cidade ao meio, com o movimento de composições ferroviárias e com a cidade geograficamente dividida.
Era um desafio a ser vencido, mas as coisas tiveram de ser feitas aos poucos. O trabalho exigiu união política e força de vontade por parte das autoridades locais através dos tempos, já que quem deixava o poder passava o bastão para quem entrava, e este tinha de continuar o que o outro já tinha feito.
Foi assim, por exemplo na grande obra para a construção da Via Expressa, um projeto que já enxergava às necessidades da cidade do futuro e existia desde 1937 (o jornal O Imparcial publicou foto da planta na época).
É importante ressaltar a visão dos homens da época, já que a indústria automobilística somente chegou forte no país nos anos 50, e só a partir do final dos anos 60 é que a cidade passou a conviver com problemas de trânsito.
De qualquer forma, já na década de 50 o então prefeito Romulo Lupo começou a canalização do córrego da servidão, obra continuada pelos prefeitos Benedito de Oliveira, Clodoaldo Medina e Waldemar De Santi, o que culminou na construção, por etapas, e em diversos governos da gigante Via Expressa, que hoje corta a cidade ao meio, agiliza o dia a dia dos araraquarenses e desafoga o trânsito.
Ao mesmo tempo em que esse esforço se registrava, diferentes governos municipais começaram as ações junto aos Governo do estado e Federal, para a construção do Novo Contorno Ferroviário, visando tirar do centro da cidade o grande fluxo de composições, que apesar de ter registrado alguns graves acidentes, felizmente não fez vítimas.
Não foi fácil, mas as autoridades locais conseguiram viabilizar a grande tarefa e o Novo Contorno já é realidade.
Imagens:
Nas fotos acima é possível ver o antes e o depois das terras que cortam o coração da cidade. Dos trilhos e do córrego da servidão, nasceram a gigante Via Expressa, e o novo Contorno Ferroviário