A Associação de Mulheres da Agricultura Familiar e da Luta Camponesa de Araraquara e Região será lançada na próxima segunda-feira (5), com as presenças da deputada estadual Márcia Lia e federal Ana Perugini. O suporte jurídico do mandato da deputada Márcia Lia foi fundamental para viabilizar a associação. Há anos, as assentadas tentavam formalizar uma associação da agricultura familiar e economia solidária, sem sucesso. No final do ano, a associação foi criada e sua diretoria empossada.
“As mulheres do Bela Vista fazem um lindo trabalho de economia solidária, artesanato e produção rural, mas não conseguiam por questões burocráticas formalizar a associação. Esse pedido chegou até nós e oferecemos toda a orientação jurídica necessária para a elaboração do estatuto, realização de assembleias, formação de diretoria e conselho fiscal e demais trâmites formais para o registro da documentação”, explica a deputada Márcia Lia.
Registrada com o nome de Associação de Mulheres da Agricultura Familiar e da Luta Camponesa de Araraquara e Região, a entidade sem fins lucrativos tem a proposta de estimular a produção agrícola e promover ações para agregar valor aos produtos dos assentados e pequenos produtores rurais. Além disso, também tem a intenção de estimular ações sociais, de esporte, lazer e turismo rural de forma cooperada entre as associadas, em torno de 20 mulheres que buscam o desenvolvimento local, sustentável e solidário.
Com coordenação do mandato, o grupo realizou assembleias para a elaboração do estatuto e para eleição de diretoria e aprovação de estatuto no mês de dezembro, já está em atividade sob a presidência da assentada Edna Andrade Lacerda e vice-presidência de Maria Aparecida de Souza. A produtora Aline Aparecida Gomes dos Santos é a secretária, Silvia Helena Barbosa é a primeira tesoureira e Eliete Andrade Fernandes a segunda tesoureira.
“Hoje muitas mulheres que vivem no assentamento saem de casa cedo para trabalhar na cidade, geralmente em casas de família. O que pretendemos com a Associação é oferecer opções para que elas fiquem no assentamento agregando valor ao que é produzido ali”, explica Edna Andrade Lacerda.
O Conselho Fiscal é composto por Enedina Ferreira Andrade, Vera Lúcia Dias Gomes Viterbo e Sebastiana Silva de Góes como titulares e Rosanete Trindade de Souza Silvia, Joana Dac da Silva Barbosa e Lidenir Correa de Lacerda Ribeiro como suplentes.
“Tivemos muitas dificuldades mesmo, até teve uma vez que desapareceram todos os documentos em um escritório e tive que lazer tudo de novo. A associação é uma vitória, é luta, é esperança, é sonho realizado. Acho que todo esse tempo que estava enrolando era porque eu estava em caminhos errados. Mas eu vim no lugar certo, onde tem uma mulher que apoia a gente, que apoia nossa luta”, fala a presidente.
“A associação referenda o trabalho sério e dedicado dessas mulheres, que agora terão um poder de atuação enquanto coletivo muito maior que antes. É com muita satisfação que nosso mandato, que faz um trabalho intenso junto aos movimentos de luta pela terra, assentados, acampados e pequenos produtores rurais, contribui para essa conquista”, diz a deputada.