Com investimento de R$ 14,2 bilhões, Araraquara receberá fábrica de trens

Empreendimento conta com o apoio do governador Tarcísio e com o financiamento do BNDES, do governo Lula

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O ex-prefeito Edinho Silva (PT) recebeu na tarde dessa segunda-feira (17), os dirigentes do Consórcio C2, vencedor do leilão realizado pelo Governo do estado de São Paulo para a construção do chamado TIC (Trem Intercidades), que vai ligar São Paulo a Campinas. O consórcio é formado pela estatal chinesa, maior fabricante de trens do mundo, CRRC e pela brasileira Comporte Participações, holding ligada à família Constantino, fundadora da Gol. 

O empresário Henrique Constantino, que mantém ótima relação com o ex-prefeito Edinho Silva, iniciou com ele as tratativas para que a fábrica dos trens fosse em Araraquara. Na época, meados de 2024, o ex-prefeito Edinho foi até São Paulo e apresentou a estrutura industrial de Araraquara para a família Constantino, em especial as plantas da Iesa e da Hyundai Rotem. Em um segundo momento, Edinho organizou uma visita da direção da estatal chinesa em Araraquara, apresentando, in loco, a estrutura industrial do município. Quando as conversas avançaram rumo ao processo decisório, Edinho esteve com a direção da empresa no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para que existisse uma aproximação da CRRC com o principal Banco de fomento brasileiro. O BNDES será o financiador do projeto. 

Todo esse processo foi desenvolvido com o envolvimento direto do governador Tarcísio de Freitas e com total apoio do Presidente Lula, por meio do BNDES. 

Com a licitação do governo estadual homologada, o Consórcio C2 (CRRC e Comporte) será responsável pela implantação do TIC, com 101 quilômetros de extensão, ligando a estação da Barra Funda (zona oeste de São Paulo ao centro de Campinas), tendo o Consórcio C2 (CRRC e Comporte) vencedor. Além da criação do expresso TIC, o edital também inclui a operação do Trem Intermetropolitano (TIM) – uma nova linha a ser construída para atender passageiros em Jundiaí, Louveira, Vinhedo e Valinhos até Campinas, e a concessão da linha 7-rubi, que atualmente está sob a gestão da Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos (CPTM).

O desenvolvimento desses serviços previstos no edital garante a fabricação imediata de trens e dá segurança para o desenvolvimento de uma nova fábrica da estatal chinesa no Brasil. Com o apoio do governador Tarcísio e com o financiamento do BNDES, do governo Lula, a fábrica será em Araraquara. Com a retomada do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), muitos investimentos em linhas de trens e metrôs já estão em andamento no Brasil, o que fará da fábrica de Araraquara a mais importante do país na fabricação de trens. 

O investimento totaliza R$ 14,2 bilhões, sendo um dos maiores investimentos privados do país no momento, garantindo também milhares de novos empregos para Araraquara e muita geração de renda. 

“Trata-se de uma grande notícia para Araraquara que está a poucos passos de ser concretizada. Ela é resultado da boa política, ou seja, da união de forças do governador Tarcísio, do presidente Lula, por meio do BNDES, minha, como ex-prefeito e que, agora, se soma à atual gestão do prefeito Lapena. Os investidores devem se reunir agora a tarde com o atual governo”, pontuou Edinho em suas redes sociais, logo após o encontro. “Na minha avaliação, essa é a política que a cidade quer. É essa política que eu também acredito e trabalhei minha vida toda. Uma política de junção de esforços, que aponte para o desenvolvimento de Araraquara”, continuou o ex-prefeito. 

Participaram do encontro Henrique Constantino, líder do Consórcio C2, o presidente da CRRC Brasil, Li Bangyong, o Diretor Comercial, Alexandre Lamark Rodrigues Sobreira, o Diretor Comercial da América Latina, Wang Rubião e o Diretor Comercial, Sun Guiming.

CRRC

Com sede em Pequim, a CRRC tem rendimento anual na faixa dos R$ 170 bilhões, segundo dados de 2023 da revista Fortune. A companhia tem contratos de venda com países como Alemanha, Suíça e Japão, e é fabricante de trens usados nos Estados Unidos, México, Portugal e Turquia. Nos últimos anos, saiu vencedora de leilões para construir linhas de metrô em Medellín e Bogotá. A companhia é a maior fabricante de suprimentos ferroviários do mundo, com 180 mil funcionários e 46 subsidiárias.

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