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Aumento da taxa líquida de inadimplência atingiu 0,77% entre 2017 e 2016
De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Araraquara (Sincomercio) entre 2017 e 2016 houve um aumento de 2,3% no número de consumidores que conseguiram quitar as dívidas e limpar o nome. Os dados são do Indicador de Recuperação de Crédito do Consumidor da Boa Vista SCPC.
Para Délis Magalhães, economista do Sincomercio, a notícia é boa e mostra que em 2017 o consumidor araraquarense conseguiu recuperar a capacidade de pagamento e estabilizar as dívidas.
A pesquisa aponta também que houve queda de 1,8% entre novembro e dezembro no número de novas dívidas cadastradas. Apesar do dado positivo entre esses meses, a inadimplência na cidade cresceu 5% no comparativo entre 2017 e 2016.
No comércio varejista, o aumento da taxa líquida de inadimplência atingiu 0,77% entre 2017 e 2016. A análise leva em consideração dados de inclusão e exclusão de registros de devedores da base de dados do SCPC, além de consultas de CPF realizadas nas lojas associadas ao sindicato.
O total de consultas realizadas pelos lojistas caiu 29,1% nesse mesmo período. O número indica uma preferência dos consumidores por outros meios de pagamento, como o cartão de crédito. Délis ressalta que “para evitar o endividamento, alguns consumidores também têm optado pelo pagamento a vista quando as compras têm valores menores. Atualmente a consulta de CPF está mais relacionada a outros meios de pagamento como crediários e cheques, formas de pagamento cada vez menos utilizadas”.
O total de inclusões de clientes na base de dados do SCPC caiu 29,6% entre o período analisado, passando de 30.264 em 2016 para 21.313 em 2017. O resultado representa uma cautela maior do consumidor em relação
às finanças, evitando gastos que possam se transformar em dívidas no futuro.
Porém, o número de consumidores que conseguiram quitar as dívidas nos estabelecimentos associados e ter seu nome excluído da base de dados apresentou queda de 37,5% entre os anos. Segundo Délis, o resultado demonstra que o quadro vem melhorando, mas ainda assim, os clientes tem dificuldade em quitar as pendências, apesar da melhora nas taxas de juros.