quinta-feira, 19, setembro, 2024

Coronel PM Eliane Nikoluk trará o empoderamento ao governo do Estado

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Primeira mulher no comando máximo da Polícia Militar paulista afirma que não será uma vice figurativa, caso seja eleita

Suze Timpani

Em entrevista ao jornal O Imparcial, a Coronel PM Eliane Nikoluk (PR), hoje candidata à vice-governadora ao lado de Márcio França (PSB), falou um pouco sobre sua carreira na Polícia Militar e projetos que pretende implantar, no estado de São Paulo.
A coronel foi a primeira mulher a chegar ao posto máximo do CPI-1, tornando-se assim, responsável pelo policiamento preventivo e ostensivo de 39 municípios das regiões do Vale do Paraíba, da Serra da Mantiqueira e do Litoral Norte.

Sob seu comando uma equipe de mais de 3,4 mil homens, provenientes de sete Batalhões da Polícia Militar (BPM) – seis territoriais e um de Ações Especiais. Sua passagem pelo CPI-1 foi marcada pela redução significativa dos índices de criminalidade da localidade e, não menos importante, pelo fortalecimento do trabalho em rede e da relação da comunidade com a polícia.

Segundo a Coronel Eliane, ela não tem um perfil figurativo e, por isso, resolveu aceitar o convite do candidato a governador Márcio França (PSB), que lhe dará total liberdade para trabalhar de forma efetiva.

Na segurança

Ela acredita que no primeiro momento o estado precisa valorizar as forças de segurança – Polícia Civil, Militar, Técnica científica, Agentes penitenciários, Guarda Municipal – todos os agentes que fazem parte de proteção às pessoas. Começando pela melhora nos salários, aperfeiçoamento, treinamentos, implantar novas tecnologias e armamentos e, principalmente a parte de inteligência. Trabalhar cinturões de segurança regionais e locais.

Sobre o Comando

Sobre ser a primeira mulher a comandar 39 cidades da região do Vale, ela ressalta que foi testada de todas as formas, pois exigiu uma dinâmica operacional e forma de liderança diferente “tive que sair do quadrado”, com interação e sinergia com demais instituições como prefeituras, Ministério Público, Poder Judiciário, Polícia Federal, Polícia Rodoviária, com reuniões e operações conjuntas.
“O fato de ser mulher, no primeiro momento gera um espanto, mas temos o direito de ocupar nosso espaço, somos tão competentes quanto e podemos ocupar o espaço que quisermos”.
A coronel afirma que nunca sentiu o machismo por parte da polícia, todos são tratados igualmente e, ao longo da carreira todos concorrem igualmente – funções e salários iguais – “uma instituição extremamente democrática”.
Por ser um ambiente predominantemente masculino, ela afirma que o concurso para ingressar na instituição não distingue sexo, e que isso acontece por procura de profissão.

Sobre as facções

A candidata afirma que quando se trabalha na área de inteligência da polícia se constata que “muito criminoso pé de chinelo” diz fazer parte de facção para se “glamourizar”, e na realidade é apenas um bandidinho local. Grande parte dos homicídios que temos hoje faz parte de guerra de facções, no Vale do Paraíba chega a 86% entre pessoas envolvidas com tráfico ou cobrança de dívidas com traficantes.
A inteligência da polícia já detectou que o ramo principal dessas facções é o tráfico de drogas e derivam para outros crimes, como roubo de cargas e explosão a caixas eletrônicos para levantar recursos. Para ela, hoje a droga é o câncer da sociedade, não só no Brasil, mas no mundo. É necessário controle de fronteiras e quebrar a espinha dorsal do tráfico que é a estrutura financeira.
Outra questão são as políticas de prevenção que para a coronel, “sai muito mais barato, atender aos jovens com prevenção para que não sirvam às facções, enquanto houver usuários o interesse predomina”.

Educação

Para Eliane, é preciso fortalecer o Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd) e trazer outros parceiros, como o JEPOE (Jovens no Exercício do Programa de Orientação Estadual). Esse programa foi implantado por Márcio França em São Vicente (SP), quando prefeito e já implantou em 16 cidades do estado assim que assumiu o cargo de governador. “Nesse programa é dado uma bolsa de R$ 500,00, cursos técnicos que possibilitam empregos e muda a vida deles”. Além do fortalecimento no ensino fundamental para possibilitar que quem estuda em uma escola pública possa também competir com igualdade em vestibular para uma universidade pública.
Dentre suas propostas também está a ampliação da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), mantida pelo Governo do Estado e vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, a instituição é credenciada pelo Conselho Estadual de Educação e pelo MEC, tendo os cursos reconhecidos pelo Conselho Estadual de Educação. O curso é realizado na modalidade Ensino a Distância (EAD), porém há eventos e provas bimestrais no polo presencial onde o aluno efetuou a matrícula.

A Coronel PM Eliane Nikoluk e a comitiva local do PSB na redação do O Imparcial
Redação

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