sábado, 6, julho, 2024

Informação é base para combater preconceito contra autismo

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O autismo não tem rosto, já que não existem traços da característica em seus portadores, e por isso, muitas vezes pode haver preconceito e discriminação, ao contrário de outras deficiências mais visíveis.

 

Por conta dessa situação, a assessora especial de Políticas para Pessoas com Deficiência em Araraquara, Elisa Santos, reforçou, na segunda-feira (1º de abril), em entrevista ao programa ‘Canal Direto da Prefeitura’, a importância da realização da Semana Municipal de Conscientização do Autismo.

 

Esta atividade, que teve início no domingo (31 de março) e vai até o dia 7 de abril, apresenta uma série de ações temáticas, como exibição de coral, palestras, roda de conversa, curso e filme, entre outras – ver outras informações no final do texto.

 

A realização é da Prefeitura, via Assessoria Especial de Políticas para Pessoas com Deficiência, em parceria com a Câmara Municipal, por meio do mandato do vereador Roger Mendes (Progressistas), e apoio das instituições AAEE, Ampara, Gapaa, Mães Guerreiras e Comdef (Conselho Municipal dos Deficientes Físicos).

 

Segundo Elisa, somente através da informação será possível eliminar o preconceito contra o autismo. “Até porque o autista, que normalmente é do sexo masculino, tem três graus de deficiência – leve, médio e o mais severo -, e se sente incomodado com movimento e o barulho quando sai de sua rotina”. “Quem não conhece a causa, acaba agindo de forma preconceituosa, às vezes até com agressões verbais contra familiares do autista”, enfatizou.

 

A assessora disse ainda que as pessoas que cuidam de autistas têm direto ao estacionamento especial em Araraquara, desde que estejam de posse do cartão que garante a vaga para as pessoas portadoras de alguma deficiência.

 

Manifestações

 

Ainda de acordo com Elisa Santos, embora não exista cura para o autismo, a pessoa com essa característica pode viver com qualidade, desde que o problema seja detectado de forma mais precoce.

 

Estima-se que no Brasil existam atualmente cerca de 200 mil pessoas com autismo. Em Araraquara, somente na rede municipal de Educação há um registro de cerca de 100 pessoas atendidas com essas características, segundo Elisa. “É um número preocupante e por isso a gente está tentando fazer um mapeamento do número exato de pessoas com tais características no município”.

 

Elisa acrescentou que um dos sinais básicos do autismo é o contato visual quando, já com um ano de idade, a criança não olha para os pais na hora das brincadeiras ou não demonstra interesse em interagir. “Mas o que identifica o autista é o seu comportamento, percebido muitas vezes somente pela família”, ressaltou.

 

Ações

 

Desde 2017, a Prefeitura tem realizado atos e manifestações em Araraquara para que a sociedade saiba mais e se conscientize sobre o autismo. Além disso, está em fase de instalação na cidade um espaço de acolhimento, o Centro de Referência do Autismo.

 

Sequência

 

A Semana Municipal de Conscientização do Autismo tem sequência nesta quarta-feira (3), no auditório da Unip (Universidade Paulista), com palestras sobre o tema “Autismo e Saúde”

 

Na quinta-feira (4), a partir das 19h, ocorrerá a Roda de Conversa sobre Autismo na Educação (Educação Inclusiva), também no auditório da Unip, e outras palestras de especialistas no assunto.

 

Vale destacar que durante o evento, não será possível estacionar os veículos nas dependências internas da Unip.

 

Capacitação

 

No dia 5 de abril (sexta-feira), às 15h no auditório da OAB, será ministrado o curso de capacitação: “O que é TEA? – Mitos e verdades”, tendo como público alvo servidores públicos e profissionais em geral.

 

Dia 6, sábado, às 14h15: 3ª Sessão de Cinema Azul, no Cine Center Lupo, e no domingo (7 de abril), será realizada a 2ª  Edição do Piquenique Azul, das 9h às 12h, no Parque do Botânico, com atividades recreativas.

Redação

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