O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta sexta-feira (01) o pedido do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) para suspender as investigações do Ministério Público sobre as movimentações financeiras do seu ex-assessor e motorista Fabrício Queiroz.
Segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio, movimentou mais de R$ 7 milhões em apenas três anos.
Com a decisão, o pedido de arquivamento do caso que o ministro Luiz Fux havia concedido fica invalidado. Como consequência, o processo e as investigações terão continuidade na primeira instância da Justiça do Rio de Janeiro. A informação é do Blog de Andréia Sadi.
Em entrevista ao blog há duas semanas, Marco Aurélio já tinha sinalizado que rejeitaria o pedido da defesa do senador eleito. “Tenho negado seguimento a reclamações assim, remetendo ao lixo”, afirmou o ministro na ocasião.
Além da movimentação de R$ 1,2 milhão durante um ano, o Coaf identificou ainda, que, entre junho e julho de 2017, foram efetuados 48 depósitos em dinheiro numa conta de do parlamentar que totalizam R$ 96 mil. O teor do documento foi divulgado pelo Jornal Nacional.
O senador eleito também negociou dois apartamentos em bairros nobres do Rio de Janeiro, no valor de R$ 4,2 milhões, entre 2014 e 2017. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o período de aquisição é o mesmo em que o Coaf identificou uma movimentação de R$ 7 milhões nas contas de Fabrício Queiroz.