A Polícia Federal deflagrou a Operação Navalha, na manhã desta terça-feira (29), em Araraquara, além de Bauru, Ribeirão Preto, Agudos e Jardinópolis. A operação é uma ofensiva coordenada visando desarticular uma organização criminosa envolvida na lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.
Com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e do 13º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP/PM), os agentes cumpriram 13 mandados de busca e apreensão e 2 mandados de prisão temporária, atingindo alvos estratégicos do grupo criminoso.
Como parte da investigação, a Justiça determinou o bloqueio de até R$ 20 milhões em bens e o sequestro de imóveis pertencentes aos investigados. O valor corresponde ao montante que teria sido movimentado ilegalmente pela organização criminosa por meio de operações financeiras fraudulentas, lavagem de capitais e ocultação de patrimônio.
Araraquara
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Araraquara.
A Polícia Federal não divulgou o número exato de mandados ou locais específicos visitados em Araraquara, mas, a cidade foi incluída nos alvos da operação por sua importância na rota de movimentação ou ocultação de valores ilícitos.

Apreensões
Durante a execução dos mandados, os policiais apreenderam:
Cerca de R$ 1 milhão em espécie, parte desse valor em moeda estrangeira;
Armas de fogo;
Veículos de luxo;
Joias;
Documentos, celulares e computadores.
Prisões e desdobramentos
Foram presos temporariamente dois líderes da organização criminosa, apontados como os principais articuladores do esquema de lavagem de dinheiro. Segundo a PF, os investigados deverão responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas.
A operação não é considerada concluída. A investigação continua e pode levar à identificação de novos envolvidos, inclusive em outras regiões do estado ou fora de São Paulo.
Operação Navalha
A Operação Navalha foi batizada como alusão à intenção da Polícia Federal de “cortar” a estrutura financeira do crime organizado. A escolha do nome reforça o objetivo de atingir o núcleo econômico da facção, o que dificulta sua retomada mesmo após as prisões.
As ações ocorreram simultaneamente nas cinco cidades, demonstrando o nível de planejamento e integração entre as forças de segurança.
Posicionamento da Polícia Federal
A Polícia Federal ainda não detalhou quantos dos bens bloqueados estão vinculados diretamente às apreensões feitas em Araraquara. No entanto, a instituição reiterou que todos os materiais e valores apreendidos já estão sendo analisados e periciados, o que pode gerar novas linhas de investigação e até mais prisões.
Fotos: Divulgação PF