A obsessão do torcedor está nas mãos do Palmeiras. Pela segunda vez em sua história, o Alviverde sente o sabor de conquistar a Copa Libertadores da América: hoje (30), no Estádio do Maracanã, o clube venceu o rival Santos por 1 a 0 e conquistou a edição 2020 do principal torneio do futebol sul-americano. Breno Lopes, aos 53 minutos do segundo tempo, fez o gol que entra para a história.
A partir de agora, o Mundial de Clubes vira o grande compromisso do Palmeiras. O torneio da Fifa começa em 4 de fevereiro, mas o clube brasileiro estreia no dia 7. Antes disso, ao menos por enquanto, o Alviverde enfrenta o Botafogo na terça-feira (2). O vice-campeão Santos visita o Grêmio na quarta (3). Ambos os jogos são do Campeonato Brasileiro.
Breno Lopes: herói improvável
Breno Lopes chegou recentemente ao Palmeiras para compor elenco. E como o futebol é impressionante, ele foi acionado no segundo tempo mesmo com o técnico Abel Ferreira tendo opções mais conhecidas no banco (Willian, por exemplo, estava cotado para iniciar o jogo). Mas foi o garoto que veio do Juventude quem fez o gol que deu o bicampeonato para a equipe na Libertadores e colocou seu nome na história do clube. Foi apenas o segundo tento anotado com a camisa do time paulista — ele havia balançado as redes pela primeira vez no empate contra o Vasco, na última terça-feira (26).
Zé Rafael faz pouco e sai
Escalado ao lado de Danilo, Gabriel Menino e Raphael Veiga, Zé Rafael participou bem da marcação do Palmeiras, que teve menos a bola no primeiro tempo, mas cansou. Tanto é que aos 32 da etapa final deixou o gramado para a entrada de Patrick de Paula.
Amigos? Nem tanto, pelo menos hoje…
Marcos Rocha e Cuca venceram a Libertadores juntos, em 2013, pelo Atlético-MG. Presume-se que são amigos, então. E, na verdade, eles são. Só que o lateral do Palmeiras foi tentar cobrar um lateral rapidamente e, impedido pelo treinador rival, empurrou o ex-companheiro. O comandante do Peixe foi expulso e eles até conversaram amigavelmente depois. Cuca, então, deixou o gramado e foi para as arquibancadas até o fim do jogo.
Palmeiras mantém titulares e 4-4-2
Depois de descansar seus titulares nos últimos dois jogos, o Palmeiras entrou jogando na maior parte do tempo com um 4-4-2 sem a bola, mas com Gabriel Menino em alguns momentos fechando uma linha de cinco. Sem correr grandes riscos no primeiro tempo, o time aparentou apenas evitar sofrer o gol na etapa final e levar o jogo para a prorrogação. As jogadas com Luiz Adriano pouco funcionavam, mas a entrada de Breno Lopes acabou sendo providencial e mudando o rumo de um jogo com pouquíssimas chances. Ele entrou na vaga de Gabriel Menino, tornou o time mais ofensivo e entrou na área logo após a expulsão de Cuca para fazer o gol do título.
Santos segura meio com três volantes
O técnico Cuca optou por começar a partida com o volante Sandry formando o trio de meio-campo com Alison e Diego Pituca. Os três marcaram homem a homem o trio adversário e impediram o Palmeiras de criar jogadas, mas, por outro lado, também pouco criaram para o Peixe na primeira etapa. No segundo tempo, Lucas Braga entrou na vaga de Sandry e a equipe melhorou ofensivamente, se movimentando mais e criando mais opções de passe, mas não foi suficiente para abrir o placar.
Cronologia do jogo
Depois de um primeiro tempo nervoso e de muito estudo, as equipes começaram a se soltar na segunda etapa. Com 30 minutos, Diego Pituca teve liberdade e mandou uma bomba, Weverton espalmou. No rebote, Felipe Jonatan chutou com bastante perigo. Foi a primeira grande oportunidade pelo chão. Já nos minutos finais, quando a partida caminhava para a prorrogação, Breno Lopes completou cruzamento e, de cabeça, tirou totalmente John da jogada. Fez o gol histórico para o clube.