sexta-feira, 22, novembro, 2024

Para 57% da população, golpe de 1964 deveria ser desprezado

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A maioria da população brasileira acredita que a data que marcou o início da ditadura militar no Brasil, o dia 31 de março de 1964, não deve ser comemorada, conforme aponta a pesquisa Datafolha, divulgada nesse sábado (6).

Para 57% dos 2.086 entrevistados pelo instituto entre terça (2) e quarta (3), a data do golpe que levou o país a um período de exceção de 21 anos deve ser desprezada.

Segundo o Datafolha, a parcela dos que acham o contrário, que a data merece comemorações, como defendeu o próprio presidente Jair Bolsonaro no mês passado, é de 36% dos brasileiros.

Outros 7% não souberam responder ou não quiseram opinar sobre o tema.

Golpe de Estado

O tema ‘Golpe de Estado’ designa o conjunto de eventos ocorridos em 31 de março de 1964 no Brasil, que culminaram, no dia 1.º de abril de 1964, com um golpe militar que encerrou o governo do presidente democraticamente eleito João Goulart, também conhecido como Jango.

Os militares brasileiros favoráveis ao golpe e, em geral, os defensores do regime instaurado em 1964 costumam designá-lo como “Revolução de 1964”, “Contragolpe de 1964” ou “Contrarrevolução de 1964”. Todos os cinco presidentes militares que se sucederam desde então declararam-se herdeiros e continuadores da Revolução de 1964.

Já a historiografia brasileira recente defende a ideia de que o golpe, assim como a ditadura que se seguiu, não deve ser considerado como exclusivamente militar, sendo, em realidade, civil-militar. Segundo vários historiadores, houve apoio ao golpe por parte de segmentos importantes da sociedade: os grandes proprietários rurais, a burguesia industrial paulista, uma grande parte das classes médias urbanas (que na época girava em torno de 35% da população total do país) e o setor conservador e anticomunista da Igreja Católica (na época majoritário dentro da Igreja) que promoveu a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, realizada poucos dias antes do golpe, em 19 de março de 1964.

Jango havia sido democraticamente eleito vice-presidente pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) – na mesma eleição que conduziu Jânio da Silva Quadros, do Partido Trabalhista Nacional (PTN), à presidência, apoiado pela União Democrática Nacional (UDN). O golpe estabeleceu um regime autoritário e nacionalista, politicamente alinhado aos Estados Unidos, e marcou o início de um período de profundas modificações na organização política do país, bem como na vida econômica e social. O regime militar durou até 1985, quando Tancredo Neves foi eleito, indiretamente, o primeiro presidente civil desde 1964. (Com informações do Wikipédia)

Redação

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