Família acusa hospital de negligência na morte de bebê que estava na UTI
Suze Timpani
Um recém-nascido veio a óbito na manhã dessa sexta-feira (28) na UTI da Maternidade Gota de Leite, em Araraquara. A morte, segundo apurado, seria por decorrências de problemas pulmonares.
Segundo familiares da mãe do bebê, a gravidez da jovem de 22 anos transcorreu dentro da normalidade, mas, a partir do momento que ela foi internada na segunda-feira (24), como não tinha dilatação suficiente, os momentos foram de tortura e agonia, pois a gestante foi induzida, por 36h, ao parto normal.
A família pediu então que fosse feita uma cesárea, para que a dor da mãe fosse amenizada, mas o pedido não foi atendido pelo médico. Familiares dizem que o bebê nasceu na noite da terça-feira (25), com falta de oxigênio no cérebro, e foi levado às pressas para a UTI.
Ainda segundo os familiares, foi dito a eles que o bebê nasceu com o coração fraco e faltou oxigenação na hora do parto e, após ser transferido para UTI, teve uma embolia pulmonar e acabou falecendo.
A secretária de Saúde Eliana Honain anunciou, em audiência pública na Câmara, realizada nessa sexta-feira (28), que uma sindicância foi instaurada para investigar possível negligência médica na morte da recém-nascida, na Gota de Leite. A profissional que atendeu a mãe da criança também foi afastada da função.
A Diretoria Executiva da Fundação Municipal Irene Siqueira Alves “Vovó Mocinha”, a Maternidade Gota de Leite de Araraquara, informa também que a médica responsável pelo parto foi afastada até que a apuração seja concluída. Esclarece ainda que foi aberta sindicância para apurar os fatos ocorridos no dia 25 de setembro, envolvendo a gestante ACM e o nascimento de seu bebê. A portaria foi publicada no dia 26 de setembro.