Na manhã dessa quarta-feira (14), a equipe da Polícia Científica realizou a reconstituição do caso que resultou na morte do sargento Paulo Sergio Arruda, da Polícia Militar de Araraquara, na noite de 20 de fevereiro. Os trabalhos foram realizados na casa do padre Edson Maurício, localizada na rua Luiz Faggioni, em Matão, onde o crime aconteceu.
Além dos três policiais companheiros do sargento Arruda, o padre, e o garagista amigo dele, participaram da reconstituição realizada pelos peritos Anibal Rodrigues e Edson Chinen do Instituto de Criminalística de Araraquara. Os trabalhos foram conduzidos pelo delegado Marlos Marcuzzo, responsável pelas investigações.
De acordo com a versão apresentada pelos envolvidos, na noite do crime, os policiais de Araraquara teriam ido até Matão para ajudar o padre Edson a resolver a situação na qual estaria sendo vítima de extorsão feita pelos três amigos Diego Afonso Siqueira Santos, Edson Ricardo da Silva e Luiz Antônio Carlos Venção. Além do sargento Arruda, os cabos PM Valério e Campos, entraram na casa do padre e o outro PM aguardou do lado de fora. Logo em seguida, o padre teria recebido a ligação de um dos acusados dizendo que estava chegando e que se houvesse mais alguém na casa, ele entraria atirando. Os policiais se esconderam, mas quando o vulgo Banana entrou, deu de cara com o sargento Arruda que se apresentou como policial e foi atingido por dois disparos no peito. Em seguida, os três acusados teriam fugido em duas motocicletas. Já o garagista de Araraquara Cristiano Rumaqueli, relatou ser amigo do padre Maurício e, por isso, teria relatado o caso de extorsão ao sargento Arruda, que prometeu ajudar. Na noite do crime, ele teria ido para Matão em um carro e os policiais em outro, mas não chegou a entrar na casa do religioso. Minutos depois teria recebido a ligação do amigo relatando o que tinha acontecido e foi ao local do crime.
O inquérito policial deve ser concluído até o final do mês, de acordo com o delegado Marlos Marcuzzo. O jovem Diego Siqueira, que está preso no ADP de Araraquara, não participou da reconstituição. Os outros dois acusados seguem foragidos e a polícia ainda faz buscas para tentar localizá-los.
A reconstituição faz parte dos trabalhos que constam no laudo que deve ajudar a Polícia Civil a concluir o inquérito sobre o caso. A imprensa foi impedida de se aproximar do local durante o trabalho da perícia.